A vida a bordo da Estação Espacial Chinesa (TSS - Tiangong) acaba de ganhar uma melhoria significativa em termos de qualidade de vida. Pela primeira vez, os membros das missões Shenzhou-20 e Shenzhou-21 utilizaram um forno de última geração para preparar e desfrutar de um "churrasco espacial" em órbita.
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O Centro de Astronautas da China (ACC) partilhou imagens dos "taikonautas" a preparar asas de frango ao estilo de Nova Orleans e bife de pimenta preta, realçando o sucesso do equipamento em lidar com os desafios da microgravidade.
Este forno foi concebido especificamente para os desafios do espaço, recorrendo a um design inovador permite a cozedura da comida sem recorrer a qualquer tipo de óleo, evitando assim a criação de qualquer tipo de fumo, cumprindo desta forma os rigorosos padrões de emissões, de calor e de consumo de energia a bordo da estação.
Este não é o primeiro forno a ser utilizado no espaço, já que a Estação Espacial Internacional (ISS) também tem um forno espacial, mas que demora mais de duas horas a cozer umas bolachas de chocolate. Em comparação, o forno chinês grelhou asas de frango em apenas 28 minutos. Para tal, recorre a avanços técnicos de controlo de temperatura, catalisação a alta temperatura e filtragem de multicamadas. Este forno pode operar de forma contínua e fiável por 500 ciclos.
Veja as imagens da Estação Espacial Chinesa Tiangong
Através da aplicação deste forno na rotina diária, será possível preparar refeições frescas, usando as receitas de mais de 190 pratos diferentes que os astronautas da missão Shenzhou-21 trouxeram consigo. Desta forma, a tripulação poderá usar melhor os vegetais que tem plantado a bordo nas suas hortas, tendo já cultivado com sucesso mais de 4,5 kg de vegetais como alface, tomate cherry e batata doce.
Esta é mais uma de várias inovações que a Tiangong estreia, como o sistema de proteção contra detritos espaciais alimentado por inteligência artificial, que promete agarrar em objectos próximos e empurra-los, evitando assim a sua colisão com a Estação Espacial Chinesa. Esta solução já gerou alguma polémica junto do Pentágono, que acredita que a China pretende armar a estação para operações de combate em baixa órbita da Terra.
As autoridades de Pequim referem que a esta solução pretende apenas responder às ameaças de objectos na rota de colisão com a estação, como os satélites da rede Starlink. Esta Estação Espacial, que iniciou a sua atividade em 2021 com o lançamento do primeiro módulo, terá uma vida útil de 15 anos, ou seja, até 2036, segundo a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST).
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