Agosto ficou marcado pelo regresso da chuva de estrelas das Perseidas, que atingiram o seu ponto máximo entre os dias 12 e 13, resultando em imagens impressionantes captadas por entusiastas. O fenómeno é um dos grandes destaques da nova coleção de imagens deste mês que está a chegar ao fim. 

Causada por fragmentos do cometa 109P / Swift-Tuttle, o nome desta chuva de meteoros está relacionado com o ponto de onde parecem “sair” os traços das estrelas cadentes, na constelação de Perseu. Nas imagens selecionadas pelo APOD, as Perseidas surgem em cenários distintos, cruzando-se com a Via Láctea em céus escuros, “riscando” o horizonte perto de formações rochosas icónicas e brilhando lado a lado com vários planetas e a Lua.

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Mas há mais para descobrir nesta coleção, com destaque também para uma nova imagem captada pelo telescópio Hubble, que está a ajudar os astrónomos a estimar com maior precisão a dimensão do núcleo do cometa 3I/ATLAS, o misterioso "visitante" interestelar está a atravessar o nosso Sistema Solar a uma velocidade impressionante de 209 mil quilómetros por hora.

Recorde-se que o cometa, que não representa uma ameaça para a Terra, foi detetado com a ajuda do telescópio Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS) da NASA, no Chile.

Este afirma-se como o terceiro objeto espacial interestelar identificado pelos cientistas. Observado em direção da constelação de Sagitário, foi “batizado” como 3I/ATLAS, seguindo a nomenclatura para este tipo de objetos, como no caso do 1I/ʻOumuamua, descoberto em 2017, e do 2I/Borisov, detetado em 2019.

Mais recentemente, o telescópio espacial James Webb ajudou os cientistas a descobrir pistas surpreendentes sobre a origem do cometa 3I/ATLAS, que também foi captado pelo observatório espacial SPHEREx.

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Entre os vários registos astronómicos que fazem parte da mais recente coleção do APOD também houve espaço para recordar as imagens do voo rasante da Parker Solar Probe na atmosfera solar. No ano passado, a sonda da NASA "tocou" o Sol e bateu recordes de velocidade, captando imagens da atmosfera solar pelo caminho que foram recentemente reveladas.

NASA | Parker Solar Probe NASA | Parker Solar Probe
créditos: NASA/Johns Hopkins APL/Naval Research Lab

Recolhidas através do instrumento WISPR (Wide-Field Imager for Solar Probe), as imagens revelam não só a atmosfera exterior, mas também estruturas no vento solar, o fluxo constante de partículas carregadas que se espalha pelo sistema solar e pode dar origem a fenómenos como auroras, interferências em sistemas de GPS e, em casos extremos, falhas em redes elétricas.

Na sua órbita atual, a Parker Solar Probe vai continuar a recolher dados adicionais e, em setembro deste ano, a sonda vai fazer uma nova passagem a 6,1 milhões de quilómetros da superfície solar.

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