Um grupo de investigadores da Northwest University, nos Estados Unidos, desenvolveu um tipo de microchip capaz de voar ao sabor do vento e que poderá ser uma nova solução para monitorizar os níveis de poluição do ar, ou a propagação de agentes patogénicos.
Com um design inspirado por um tipo de semente “voadora” comum a algumas espécies de árvores, a criação tem uma dimensão semelhante à de um grão de areia. Os investigadores indicam que os microchips poderão eventualmente ser fabricados a partir de materiais biodegradáveis de modo a não agravar a poluição ambiental.
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John A. Rogers, investigador que liderou o estudo, explica que tudo começou com o estudo das propriedades aerodinâmicas das sementes. Por exemplo, ao rodarem enquanto voam, as sementes estabilizam a sua rota, fazendo com que a sua queda seja mais lenta e permitindo que cheguem mais longe da árvore onde originaram.
Veja como funcionam os microchips "voadores"
Os investigadores, que publicaram as suas conclusões num estudo recém-publicado na revista científica Nature, adaptaram as propriedades aerodinâmicas das sementes “voadoras” s e aplicaram-nas a pequenas placas de circuitos eletrónicos. De acordo com John A. Rogers, a equipa recorreu a métodos de projeção laser para determinar como é que poderia optimizar as estruturas dos microchips.
Apesar da sua dimensão reduzida, os microchips contêm uma variedade de componentes eletrónicos, entre múltiplos sensores, como de comunicação ou de monitorização de elementos, e uma fonte de energia, como uma célula foto voltaica.
Para já, os microchips “voadores” ainda estão numa fase conceptual, mas a equipa de investigadores planeia averiguar formas de torna-los numa realidade, experimentando também diferentes tipos de designs.
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