A sonda Juno vai fazer uma aproximação recorde à lua Io de Júpiter, passando a 35.500 quilómetros daquele que é conhecido como o corpo mais vulcanicamente ativo do sistema solar e logo de seguida pelo próprio gigante gasoso.
No seu terceiro ano de missão, a nave movida a energia solar também explorará o sistema de anéis onde residem algumas das luas internas do planeta. Durante o seu tempo de atividade, já percorreu mais de 820 milhões de quilómetros, que envolveram “encontros próximos” com mais duas das quatro maiores luas de Júpiter: os mundos gelados Europa e Ganimedes, além da ardente Io.
Ligeiramente maior que a Lua da Terra, Io é “um mundo em constante tormento”, refere a NASA. A gravidade de Júpiter e de outras grandes luas do planeta deformam-na continuamente, levando à criação de lava e às consequentes erupções dos seus muitos vulcões.
Embora Juno tenha sido projetada para estudar Júpiter, os seus muitos sensores acabaram por fornecer dados sobre as luas do planeta. Juntamente com o gerador de imagens de luz visível JunoCam, instrumentos como o JIRAM (Jovian InfraRed Auroral Mapper), SRU (Stellar Reference Unit) e MWR (Microwave Radiometer) vão analisar os vulcões de Io e como as erupções vulcânicas interagem com a poderosa magnetosfera e auroras do gigante gasoso.
Lançada em 2011, Juno chegou a ter o seu o fim marcado para o verão de 2021, que seria concretizado num mergulho na vasta atmosfera de Júpiter, com “morte assistida”, para o derradeiro objetivo de recolher o máximo de dados possível, antes das elevadas pressões destruírem a nave. Só que a NASA mudou de ideias.
A agência espacial decidiu prolongar a missão da sonda até setembro de 2025, atribuindo-lhe novas “áreas” para explorar. Juno ficou de alargar a sua capacidade de observação a todo o sistema joviano, ou seja, planeta, anéis e luas, nomeadamente com “espreitadelas” às intrigantes Ganimedes, Europa e Io.
Clique nas imagens para mais detalhe
A sonda orbita Júpiter desde o dia 4 de julho de 2016, com o primeiro sobrevoo científico a ocorrer 53 dias depois. Manteve essa órbita até ao sobrevoo próximo do satélite Ganimedes, a 7 de junho de, que reduziu o período orbital para 43 dias. A reaproximação, a 29 de setembro de 2022 com outra lua - Europa - reduziu o período orbital para 38 dias. A sonda foi então enviada para Io, com os próximos dois sobrevoos, de 16 de maio e 31 de julho, a levarem a um período orbital fixo de 32 dias.
Nos futuros sobrevoos de julho e outubro, Juno vai aproximar-se ainda mais de Io, até que em dezembro e fevereiro do próximo ano voará a uma distância de apenas 1.500 km da superfície, prevendo-se que possa mostrar a atividade vulcânica da ardente lua de Júpiter em todo o seu esplendor.
Pergunta do Dia
Em destaque
-
Multimédia
20 anos de Halo 2 trazem mapas clássicos e a mítica Demo E3 de volta -
App do dia
Proteja a galáxia dos invasores com o Space shooter: Galaxy attack -
Site do dia
Google Earth reforça ferramenta Timelapse com imagens que remontam à Segunda Guerra Mundial -
How to TEK
Pesquisa no Google Fotos vai ficar mais fácil. É só usar linguagem “normal”
Comentários