Uma equipa de investigadores suíços, da École Polytechnique Fédérale de Lausanne, construiu um drone bem diferente dos modelos convencionais. Chama-se RAVEN (Robotic Avian-inspired Vehicle for multiple ENvironments) e tem semelhanças com uma ave, neste caso um corvo.
O modelo pretende solucionar os problemas inerentes aos drones convencionais: no caso dos aparelhos com quatro rotores, têm a conveniência de levantarem e aterrarem em qualquer lugar, mas consomem mais energia neste processo. Nos drones de asa fixa, em forma de avião, conseguem percorrer maiores distâncias e manter-se no ar mais tempo, mas precisam sempre de uma pista ou um lançador que o arremesse ao ar.
Veja na galeria imagens do drone:
O RAVEN tem pernas utilizadas para se projetar no ar. Dessa forma, mistura a conveniência de um drone com rotores num formato de asa fixa. Segundo o engenheiro, líder do projeto, Won Dong Shin, o drone pode andar, saltar por obstáculos e fazer um salto para se lançar ao ar como os pássaros.
Tal como é explicado ao Ars Technica, o principal desafio de introduzir pernas no drone é o aumento significativo da massa e complexidade ao aparelho. Isto porque as pernas robóticas topo de gama são desenhadas para os robots caminharem, mas são pesadas e volumosas para serem adicionadas a um aparelho voador. A equipa teve de investigar o comportamento das pernas de várias espécies de pássaros. Os investigadores escolheram as pernas de um corvo, que pesam cerca de 100 gramas, como ponto de referência.
Veja o vídeo do drone RAVEN:
A equipa dispensou algumas articulações para retirar peso, entre outras simplificações à composição das pernas. Este mecanismo é alimentado por um motor normal de um drone e as juntas dos joelhos são acionadas através de uma correia dentada. Os pés desta ave mecânica têm três dedos virados para a frente e um para trás.
O sistema é mais complexo do que se poderia imaginar, uma mola inserida no joelho permite guardar energia quando a perna encolhe e depois é libertada quando estendida, que suportado pelo motor, consegue maior velocidade de salto. Este sistema de mola, inspirado diretamente no comportamento das aves, permite aumentar em 25% a velocidade do salto.
Veja a comparação entre o RAVEN e um corvo:
O drone foi testado em cenários que não seriam possíveis para os modelos convencionais, para provar a sua versatilidade. Atravessou um percurso estreito, saltou por uma falha e ainda ultrapassou um obstáculo. Os investigadores registaram a capacidade do RAVEN saltar cerca de 11 centímetros por um buraco e ultrapassar um obstáculo com 26 centímetros de altura.
Ainda assim, nesta fase do projeto, cada tipo de obstáculo tinha de ser reprogramado, não sendo capaz de superar todos de seguida. Da mesma forma que as pernas, que são utilizadas para levantar voo, não conseguem ainda ser usadas na aterragem, sendo preciso uma rede para aparar o equipamento, como pode ver no vídeo. A equipa continua a trabalhar para melhorar o drone e implementar novas funcionalidades, incluindo sensores de visão e hápticos.
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