A tecnologia aeroespacial continua a evoluir, permitindo sonhar com o regresso à Lua e um dia levar o Homem a Marte. Mas a indústria dos transportes aéreos também pretende continuar a desenvolver tecnologia para tornar os aviões mais rápidos e viáveis. É o caso da startup europeia Destinus, que pretende diminuir o tempo que se demora a cruzar o oceano Atlântico, numa viagem de Londres a Nova Iorque em apenas 90 minutos.
Desde que o mítico Concorde deixou de operar em 2003 que os céus não eram cruzados por aviões supersónicos e mesmo este, na altura, fazia a mesma viagem em 3h30. As operações com estes aviões saiam bastante caras ao meio-ambiente, tendo sido um dos fatores que levaram a encostar definitivamente o aparelho. A Destinus não só pretende diminuir para cerca de metade o tempo da viagem, como utilizar tecnologias inovadoras e amigas do ambiente, referiu ao Business Insider.
Veja na galeria imagens do protótipo Destinus:
Os motores do seu avião utilizam hidrogénio líquido combinado com motores de foguetões capazes de atingir a velocidade Mach 5. Os dois protótipos, Destinus S e Destinus L podem atravessar o Atlântico em hora e meia. A startup tem a sua sede em Canton of Vaud, na Suíça, mas com escritórios em Madrid, Munique, Toulouse e Paris.
Em maio, a startup realizou mais um teste bem-sucedido do Destinus-1 em Munique, na Alemanha, equipado com um motor alimentado por hidrogénio, pela primeira vez. O modelo tem vindo a ser melhorado desde a sua primeira viagem em 2021. Foram realizados diversos voos, disparando os motores de hidrogénio, tendo alcançado velocidades de 250 quilómetros por hora, servindo para demonstrar a funcionalidade e eficiência do hidrogénio em condições de mundo real.
O próximo protótipo, o Destinus-3 está a ser construído e promete ser o primeiro supersónico alimentado por hidrogénio. A startup espera estabelecer esse recorde em 2024. As três gerações de aviões da startup foram mostrados na semana passada durante o Paris Airshow. O objetivo é revolucionar o transporte de passageiros em aviões supersónicos alimentados a hidrogénio e ajudar a Europa a manter a liderança na aeronáutica e tornar-se mais verde, disse no seu blog.
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