Depois de uma última visita que terá acontecido no tempo dos neandertais, o c/2022 E3 (ZTF) “anda de regresso” e tem sido visto pelos céus durante os últimos dias. Na noite de 1 de fevereiro para 2 de fevereiro o cometa de “cabeleira esverdeada” teve o seu pico de exibição, ao estar no ponto mais próximo da Terra.

O momento foi uma oportunidade imperdível para os apaixonados pelo céu noturno, nomeadamente aqueles que gostam de registar o momento para a posteridade, com as suas objetivas fotográficas - e de sorte para todos os restantes que gostam de ver o resultado.

O c/2022 E3 já está visível há vários dias, levando a que muitos astrofotógrafos registassem a sua passagem, como foi o caso do português Miguel Claro.

Veja algumas das imagens do cometa c/2022 E3 já captadas

Miguel Claro documentou a visita do corpo celeste a partir do Observatório Dark Sky Alqueva, em Portugal e, além das imagens, também partilhou um vídeo.

O o c/2022 E3 foi descoberto em março de 2022 pelo programa "Zwicky Transient Facility" (ZTF), que opera o telescópio Samuel-Oschin no Observatório Palomar, na Califórnia.

Com apenas um quilómetro de diâmetro, o cometa que tem no tom verde o seu principal atrativo terá vindo da nuvem Oort, a grande concentração de cometas que se acredita existir no limite do sistema solar, localizada a uma distância de 100.000 UA (distância média entre a Terra e o Sol). A Nuvem de Oort também está a um quarto da distância da Proxima Centauri, a estrela mais próxima do Sol.

O c/2022 E3 tinha atingido o ponto mais próximo do Sol no dia 12 de janeiro, quando o gelo no seu núcleo passou para o estado gasoso e libertou uma longa cauda que reflete a luz do astro-rei.

Apesar do pico de aproximação à Terra desta quarta para quinta-feira, o cometa vai continuar a estar visível por mais uns dias, mas mais "ao longe". Depois do planeta azul, segue-se o planeta vermelho, prevendo-se que o corpo celeste faça a maior aproximação a Marte no dia 10 de fevereiro.