
O ano de 2024 assinala um marco na história recente do mercado de smartphones na China. A Apple, que durante os últimos anos teve no país um dos seus mercados mais fortes, continua a ter, mas já não é líder de vendas. Marcas locais, neste caso a Vivo e a Huawei, venderam no ano que passou mais smartphones no seu país de origem do que a americana Apple e terminam por isso o ano com mais razões para celebrar.
Os números apurados pela Canalys mostram que as vendas da dona do iPhone na China caíram 17% no ano passado, refletindo uma perda de terreno em todos os quatros trimestres, especialmente no último, onde o número de equipamentos enviados para as lojas pela marca caiu 25%. No mesmo trimestre, os envios assegurados pela Huawei aumentaram 24%.
A Apple, ainda assim, conseguiu segurar a liderança de vendas nos últimos três meses do ano, mas apenas marginalmente. Destaque ainda para a Xiaomi, que no mesmo período aumentou vendas em 29%. A Oppo cresceu 18% e a Vivo 14%.
Contas feitas, a Apple terminou o ano com uma quota de 15% no mercado chinês. A Huawei conseguiu ficar com 16% e a Vivo, focada sobretudo em linhas de produtos mais acessíveis, garantiu uma quota de 17%. No quarto lugar da tabela de vendas aparece a Oppo, com números que também agregam as vendas da OnePlus.
“A posição de mercado premium da Apple enfrenta vários desafios”, reconhece Toby Zhu, analista da empresa de estudos de mercado.
“Os contínuos lançamentos de produtos flagship da Huawei, a proliferação de telemóveis dobráveis domésticos em segmentos de preço elevado e marcas Android como a Xiaomi e a Vivo a fidelizarem os consumidores através de inovações tecnológicas”, contribuíram para que em 2024 a Apple tivesse a sua “pior performance anual na China”.
Para trás ficam quatro anos de crescimento consecutivos, enquanto a Huawei se debatia com os bloqueios dos Estados Unidos e várias outras marcas locais iam crescendo, ainda sem grande impacto no segmento onde atua o iPhone.
No último ano, as vendas de equipamentos mais baratos ganharam volume e nos topo de gama a concorrência da Huawei, que se reinventou para deixar de usar tecnologia americana, instalou-se com tudo.
No total, as vendas de telemóveis na China cresceram no ano passado 4% para 285 milhões de unidades.
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