A Google detalhou hoje os seus novos modelos de smartphones, o Pixel 6 e o Pixel 6 Pro. Os modelos já tinham sido anunciados pela gigante tecnológica, mas sem grandes detalhes, deixando para o dia de hoje todas as surpresas tecnológicas do equipamento. Já se sabia do seu design e que o smartphone iria estrear a tecnologia Tensor, o primeiro processador produzido pela Google. Os equipamentos já estão disponíveis para pré-encomenda, sendo lançados no dia 28 de outubro.
O evento começou com um vídeo a simular o dia-a-dia de uma nova-iorquina desde o momento que sai de casa até chegar à loja da Google, onde trabalha, e pelos vistos onde se realizou o evento. Isto para demonstrar a forma como a Google procura facilitar a vida das pessoas através das suas aplicações e inteligência artificial. A Google diz que a IA deve estar sempre presente na vida das pessoas, e neste caso, o smartphone é a tecnologia mais pessoal, onde tem as suas preferências, contactos e as coisas do seu dia-a-dia. Nesse sentido, a Google refere que o Pixel é o smartphone que melhor traduz este pensamento, de forma a tirar o melhor partido da tecnologia.
O Google Pixel 6 promete assim ser mais inteligente, alimentado pelo Google Tensor, o primeiro chip da Google, que esteve durante muitos anos em produção. Toda a tecnologia e avanços na área de IA foram condensados ao Tensor, que passa a ser o elo com os utilizadores através do novo modelo de smartphones. Da mesma forma que a sua câmara fotográfica promete ser também inteligente, de forma a captar a melhor imagem possível, as texturas e as cores mais reais. O novo smartphone foi também desenhado para ser mais inclusivo, mas também seguro e privado. O Pixel 6 tem novos sensores e lentes, atualizadas, para tirar partido da nova funcionalidade Material You.
O Pixel 6 chega ao mercado por 599 dólares.
Relativamente ao Pixel 6 Pro tem algumas melhorias, incluindo uma bateria com mais capacidade, 12 GB de RAM, num ecrã de 6,7 polegadas. O seu ecrã tem uma taxa de refrescamento dinâmico, de 10-120 Hz e chega ao mercado por 899 dólares.
Os modelos têm aquilo que a Google chama de Camara Bar, uma barra física saliente na traseira do smartphone que alberga os sensores da câmara fotográfica. A empresa promete a captação de imagens em qualquer ambiente. Ou seja, em vez de um módulo redondo ou quadrado, a barra ocupa toda a largura do smartphone. Tem uma combinação de cinzento com amarelo, outra entre rosa pastel e vermelho tijolo. Por fim, tem um modelo com tones negros.
O Pixel 6 tem um ecrã de 6,4 polegadas a 90 Hz e o Pro tem 6,7 polegadas com uma taxa de refrescamento a 120 Hz. Ambos com Gorilla Glass Virtus para maior resistência a quedas e também são à prova de água. Tem o sensor de impressões digitais diretamente no ecrã. A Google promete ainda uma maior duração de vida dos equipamentos, assim como materiais das capas fabricadas com materiais reciclados.
E para tirar partido do Pixel 6, a Google revelou novidades para o Android 12, naquela que pretende ser um simbionte entre hardware e software. O sistema Material You continua a ser um exemplo-bandeira das funcionalidades do smartphone. Neste caso, basta mudar o wallpaper para que todo o ambiente de cores modifique automaticamente, assim como os ícones. Todos os menus são também adaptados a esta modificação. O ecrã inicial tem diversas funcionalidades, desde o acesso ao bilhete de avisão, às músicas que está a ouvir, entre outras atividades providenciadas pela personalização do Material You.
A Google afirma ainda que o sistema de segurança é de facto, o mais seguro que já fez, muito graças ao novo processador Tensor, alimentando pelo chip de segurança Titan M2, que guarda as passwords e outros dados privados, testado à exaustão para ter ainda mais camadas de segurança. A Google promete cinco anos de atualizações de segurança do Pixel 6.
No que diz respeito à segurança e privacidade, tem agora um novo dashboard com a utilização das apps, assim como um sinal no canto superior direito do ecrã que acende sempre que uma app acede à câmara fotográfica ou microfone, por exemplo. Funcionalidade que a Oppo puxou para a sua versão do sistema operativo. Nessa nova dashboard de privacidade, os utilizadores vão saber rapidamente quais as apps que acederam à câmara, ao microfone ou à localização nas últimas 24 horas. Tem sistema que previne phishing, sejam chamadas ou mensagens, analisando aquelas que parecem suspeitas.
Google Tensor e câmaras fotográficas "mais avançadas do mundo"
A empresa refere que passou anos a investigar IA, baseado no TensorFlow, a tecnologia open source de IA da Google. Foi desenhado para oferecer os avanços da empresa a partir do smartphone, prometendo abrir um novo capítulo nesta tecnologia. A Google diz que precisava de um chip capaz de colocar em prática as suas ideias de software e hardware. Foi desenhado para otimizar os modelos ML da Google. Este inclui o TPU, ISP, Segurança, Context Hub, CPU, GPU e System cache na sua arquitetura. O processador tem 20 núcleos e foi desenhado para alimentar os videojogos também. Promete CPU 80% mais rápido e GPU 370% que o modelo anterior.
A câmara principal tem 50 MP e é uma grande angular com um campo de visão de 82º e abertura de obturador f/1.85, sendo capaz de captar 2,5 mais luz. Ambos os modelos tem uma ultra grande angular de 12 MP com 114º de campo de visão. No Pixel 6 Pro tem uma câmara Telefoto de 48 MP com capacidade de zoom 4X, capaz de gravar vídeo a 4K. A câmara oferece super zoom de 20x. Graças ao sistema HDRnet no Tensor, é possível correr vídeo 4K a 60 FPS, oferecendo cores cristalinas e estabilização de imagem.
De salientar a tecnologia Magic Eraser, capaz de eliminar objetos não desejados das fotografias, sendo preenchido rapidamente pelo fundo. E pelo que a Google demonstrou, basta tocar nos elementos que automaticamente são eliminados, praticamente não se notando a edição. Da mesma forma, uma ferramenta também consegue melhorar fotografias que ficaram desfocadas. Para isso, uma segunda câmara tira sempre uma segunda fotografia, que depois são processadas pelo Tensor, oferecendo a melhor imagem. Diz que foram necessários quatro modelos de machine learning para processar os algoritmos para este tipo de correções.
E o Motion Mode introduz novas técnicas para captar fotos de objetos em movimento, adicionando um desfoque na traseira. O melhor é que a funcionalidade correm de raiz em Android, o que quer dizer que podem utilizar todas as tecnologias em qualquer aplicação de fotografia, como por exemplo, o Snap Chat. A própria empresa apresentou o Quick Tap to Snap, para já exclusivo nos Pixel. Basta tocar duas vezes na traseira do smartphone para abrir rapidamente a aplicação Snap Chat, para que possam começar a criar sem sequer desbloquearem o telemóvel.
A tecnologia Real Tone garante o brilho, contraste e sobretudo a cor real das pessoas na captação de fotografias, uma funcionalidade que promete maior inclusão.
O processamento de linguagem natural foi também refinado e graças ao Tensor é possível obter reconhecimento de voz, sendo rápido fazer transcrições do que se está a dizer, ou então enviar mensagens escritas rapidamente através de um ditado. E agora diz ser mais inteligente, colocando a pontuação corretamente, identificando as pausas do que se está a dizer. Comandos como Apagar ou Enviar são reconhecidos rapidamente. E o modelo adapta-se à utilização dos utilizadores, sejam as correções lembradas no futuro. Também se pode ditar emojis, que passam a ser colocadas nas mensagens. O equipamento promete ainda fazer traduções de mensagens em tempo real, para manter uma conversa entre duas pessoas de línguas diferentes. Os vídeos e transmissões ao vivo passam a ter legendas em tempo real. Mas o sistema também faz tradução de voz, mantendo-se como intermediário para uma conversa fluída entre duas pessoas que de outra forma não se entendiam.
Quando faz chamadas para os mesmos locais, o sistema identifica as horas com mais intensidade e com potencial de o colocar mais tempo à espera, mostrando um gráfico com as horas ideais para ligar.
Os dois smartphones já estão disponíveis a partir de hoje no website oficial da Google, sendo entregues no dia 28 de outubro.
Em antevisão
Ainda não se sabem quais as principais diferenças entre a versão standard e Pro do Pixel 6. Mas quando foi revelado o seu design, a Google deixou uma certeza: os novos smartphones seriam alimentados com o primeiro processador construído pela própria tecnológica, o Tensor. Segundo a Google, a tecnologia vai potenciar os seus sistemas de inteligência artificial, reconhecimento de voz, tradução automática e legendagem em tempo real.
O system-on-a-chip é um microchip que contém, num único circuito integrado, todos os circuitos eletrónicos necessários para fazer funcionar um sistema. Desta forma, a Google garante um aparelho com maior performance e flexibilidade, sem os constrangimentos que enfrentaria se desenvolvesse um smartphone com circuitos tradicionais. Esta era uma vontade da empresa desde que lançou o primeiro modelo em 2016, permitindo inovar nas áreas de IA e machine learning ao serviço dos utilizadores dos seus novos equipamentos.
Tinha sido também confirmado que os smartphones teriam uma atualização do módulo de câmara fotográfica traseira, referindo que com os sensores e lentes melhorados, o quadrado tradicional já não chega para albergar toda a tecnologia. O modelo conta com três câmaras na traseira, incluindo um sensor principal, um ultra panorâmico e uma telefoto com zoom ótico de 4X. O sensor principal poderá receber 150% mais luz.
Veja na galeria imagens do Pixel 6
A tecnologia do Tensor foi criada para as necessidades das pessoas que utilizam os telefones na atualidade, mas com olho no futuro. É explicado que à medida que são introduzidas novas funcionalidades alimentadas por IA e machine learning, não se pode simplesmente introduzir recursos computacionais, mas sim utilizar essa tecnologia para desbloquear experiências específicas aos utilizadores do Pixel.
O Tensor é composto por um novo núcleo de segurança e o Titan M2, naquele que pretende ter ainda mais camadas de hardware para segurança num smartphone. Os modelos também serão construídos em novos materiais, como a moldura em alumínio da versão Pro.
Em relação a outras características, foi referido anteriormente que o Pixel 6 Pro poderá ter um ecrã QHD+ de 6,7 polegadas com uma taxa de refrescamento de 120 Hz.
Ainda não está confirmado se a Google vai falar do Android 12 no evento, ou pelo menos mostrar algumas das suas funcionalidades com o novo smartphone. Mas pode sempre consultar todas as informações que já se sabem do novo sistema operativo da Google.
Nota de redação: Notícia atualizada com mais informação. Última atualização: 19h14.
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