Não havia internet nem telemóveis quando, em 1977, a NASA deu início à missão Voyager com o lançamento de duas sondas gémeas: primeiro a Voyager 2, em agosto, e depois a Voyager 1, passado um mês.
As duas sondas foram enviadas com a principal missão de estudar de perto os quatro gigantes gasosos que orbitam o Sol, além do Cinturão de Asteróides: Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno.
Originalmente foram construídas para durarem apenas cinco anos e para recolherem só informação sobre Júpiter e Saturno, pois seria demasiado dispendioso prepará-las para visitarem também Úrano e Neptuno. De forma surpreendente, as duas sondas acabaram por durar (muito) mais do que o esperado e conseguiram fazer “o pleno” dos gigantes gasosos.
A missão de quatro décadas da NASA é igualmente conhecida por ter enviado com cada uma das Voyager um disco de cobre coberto de ouro de 30 centímetros de diâmetro onde está registada informação sobre a vida na Terra. Entre os dados integrados estão fotografias, sons ambiente, músicas e saudações em 55 línguas diferentes - incluindo uma em português.
E depois da Voyager 1 ter mergulhado no espaço interestelar, em 2012 - e de bater o recorde como o objeto espacial que mais longe esteve da Terra -, é agora a vez da Voyager 2 seguir os mesmos passos.
Localizada a 17,7 milhões de quilómetros do planeta azul, ou ao equivalente a mais de 118 unidades astronómicas (UA) - a distância entre a Terra e o Sol -, a Voyager 2 estará, segundo a NASA, a aproximar-se da fronteira do sistema solar. A agência espacial norte-americana diz que começou a detetar na sonda o mesmo aumento da radiação cósmica que atingiu a Voyager 1, poucos meses antes de entrar no espaço interestelar.
Pode conhecer mais pormenores acerca da Missão Voyager neste site.
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