
Esta sexta-feira, o cometa interestelar 3I/ATLAS, que está a viajar pelo nosso sistema solar a uma velocidade impressionante de 310 mil quilómetros por hora, vai passar a cerca de 30 milhões de quilómetros de Marte, naquela que é considerada a sua maior aproximação ao Planeta Vermelho.
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Além dos telescópios Hubble, James Webb e SPHEREx, que têm estado a observar o cometa, as missões da NASA em Marte, seja as que estão na órbita do planeta como aquelas que estão na sua superfície, vão aproveitar a passagem para ajudar os cientistas a recolher mais informação, explica a agência espacial num novo vídeo.
Do lado da ESA, até ao dia 7 de outubro, as missões Mars Express e ExoMars Trace Gas Orbiter vão usar os seus instrumentos para observar o cometa interestelar com atenção durante a passagem pelo Planeta Vermelho.

No dia 30 de outubro, o 3I/ATLAS deverá atingir o seu ponto mais próximo do Sol, a uma distância de cerca de 1,4 unidades astronómicas (o equivalente a 210 milhões de quilómetros), explica a NASA. Já entre os dias 2 e 25 de novembro, a missão JUICE (Jupiter Icy Moons Explorer) da ESA vai estar de olho no cometa.
De acordo com a agência espacial europeia, uma vez que a JUICE vai observar o 3I/ATLAS pouco depois de atingir o ponto mais próximo do Sol, é provável que tenha uma vista privilegiada do cometa num estado de maior atividade, com uma nuvem brilhante de poeira e gás em torno do seu núcleo e com uma longa “cauda”.
Recorde-se que, depois de ter sido captado pelo Hubble, o terceiro “visitante” interestelar detetado no nosso Sistema Solar foi observado pelo telescópio James Webb.
Uma equipa de investigadores analisou um conjunto de observações realizadas através do instrumento NIRSpec (Near-Infrared Spectrograph) do telescópio e chegaram à conclusão de que a nuvem de gás e poeira em torno do núcleo do 3I/ATLAS é composta principalmente por moléculas de dióxido de carbono.
Com esta descoberta, os investigadores apontam para a possibilidade de o cometa ter um núcleo que é intrinsecamente rico em dióxido de carbono, o que sugere que se poderá ter formado num ambiente com níveis de radiação superiores àqueles que são encontrados no nosso Sistema Solar.
O observatório espacial SPHEREx também o conseguiu captar em agosto. De acordo com os cientistas, as primeiras análises, centradas na luz emitida pelo cometa, também mostram que a nuvem de gás e poeira em torno do núcleo é abundante em dióxido de carbono. Além disso, foi possível identificar a presença de água gelada no núcleo do cometa.
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