
Os Estados Unidos vão começar a restringir os vistos de trabalho para profissionais qualificados. A área da tecnologia vai ser das mais afetadas pela medida, embora Donald Trump tenha adiantado que as empresas do sector estão de acordo com as novas regras. A ordem executiva assinada pelo presidente na sexta-feira, e que já está em vigor, define que os vistos para profissionais qualificados passem a ter um custo de 100 mil dólares.
Os vistos H-1B existem para facilitar a entrada nos Estados Unidos de trabalhadores com competências especializadas, que as empresas americanas não conseguem suprir localmente.
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Os críticos do modelo defendem que a medida tem permitido levar para os Estados Unidos muitos estrangeiros que ocupam cargos que podiam ser preenchidos por americanos, a custos mais baixos para as empresas e com menos proteção social.
A Associated Press acrescenta que o recurso ao H-1B tem permitido empregar recursos em funções especializadas com salários anuais médios de 60 mil dólares, que custariam mais de 100 mil dólares se fossem ocupados por americanos.
O H1-B existe desde os anos 90 e para os defensores da medida tem sido uma via para fazer chegar aos Estados Unidos os melhores talentos. Restringir a utilização terá impacto na competitividade das empresas, principalmente em áreas como as engenharias e ciências.
Anualmente eram atribuídos um máximo de 85 mil vistos H-1B. No último ano, as empresas que mais beneficiaram da medida foram a Amazon, com mais de 10.000 vistos atribuídos, a a Microsoft, a Apple e a Google, segundo dados oficiais. O processo de atribuição dos vistos H-1B tinha até agora encargos que rondavam os 1.500 dólares em taxas administrativas, segundo a BBC.
Ao longo do fim-de-semana instalou-se o caos com a surpresa da medida, como relata uma história publicada pela Business Insider. O site partilhou o conteúdo das mensagens enviadas por várias empresas aos colaboradores com estes vistos.
Na comunicação era pedido aos colaboradores com estes vistos para não viajarem para fora do país, até haver mais clareza sobre a medida. Para os colaboradores que estavam fora, as indicações eram para regressar em 24 horas ou, não sendo possível, que evitassem cruzar a fronteira antes de se perceber como seriam aplicadas as novas regras.
Também ainda durante o fim-de-semana a Casa Branca veio esclarecer que a nova lei apenas será aplicada a novos pedidos de vistos H-1B. Ou seja, quem já tem visto não corre o risco de ter de pagar 10 mil dólares para reentrar no país nem para renovar essa autorização de permanência.
A ideia é aplicar a medida no próximo sorteio de vistos (o mecanismo utilizado para atribuir estas autorizações). Foi também retificado que o valor será pago apenas uma vez e não anualmente, como foi anunciado primeiro.
Outra medida aprovada por Donald Trump no fim-de-semana instituiu os vistos dourados, disponíveis para quem quiser/puder pagar 1 milhão de dólares para entrar e permanecer no país. O valor sobe para 2 milhões de dólares se o visto dourado for patrocinado por uma empresa.
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