A Nvidia vai investir até 100 mil milhões de dólares na OpenAI, numa espécie de contrapartida aos planos da dona do ChatGPT, que pretende montar centros de dados com uma capacidade de pelo menos 10 gigawatts, usando milhões de chips e sistemas da NVIDIA.

Mais detalhes do acordo ainda não são conhecidos. O que já se sabe é que o investimento da Nvidia dá à OpenAI a capacidade de investimento que precisa para continuar a acrescentar capacidade de treinar os seus modelos de IA. À Nvidia dá uma participação de capital na tecnológica e garante vendas de alguns milhões de chips e sistemas.

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Esta é afinal uma parceria estratégica entre duas das empresas que mais têm valorizado graças ao boom da inteligência artificial generativa. A OpenAI do lado do software, com o ChatGPT, e a Nvidia, graças ao hardware e à capacidade dos seus chips e sistemas para testar modelos de IA exigentes em capacidade de processamento.

Sabe-se que o acordo vai avançar em fases. A primeira destas fases acontece no segundo semestre deste ano sobre a plataforma Vera Rubin da Nvidia, que promete trazer um avanço significativo face às capacidades dos chips Blackwell. Nessa altura começam a funcionar os primeiros gigawatts de capacidade de processamento assegurados pela parceria.

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“A NVIDIA e a OpenAI têm-se impulsionado mutuamente há uma década, desde o primeiro supercomputador DGX até à inovação do ChatGPT”, sublinhou Jensen Huang, CEO da Nvidia, numa nota de imprensa.

“A infraestrutura computacional será a base da economia do futuro, e utilizaremos o que estamos a construir com a NVIDIA para criar novos avanços em IA e capacitar pessoas e empresas com eles em grande escala”, acrescentou Sam Altman, CEO da OpenAI, na mesma nota.

Nos últimos meses, a Nvidia tem aplicado parte da riqueza que tem conseguido gerar com o domínio no mercado de chips para a IA, em investimentos. O mais recente e emblemático, antes deste, foi o investimento de 5 mil milhões de dólares na Intel.

Do lado da OpenAI, as parcerias para assegurar acesso a capacidade de treinar os seus modelos de IA também não são novas. A primeira e mais polémica, quando a tecnológica ainda não tinha estatuto de empresa, foi assinada com a Microsoft e fez com que as ferramentas do ChatGPT chegassem rapidamente ao software da empresa.

Mais recentemente, sabe-se que a OpenAI é uma das empresas responsáveis pelo crescimento estimado pela Oracle para o negócio de datacenters até ao final do ano. A empresa projetou esse crescimento graças a novos contratos de fornecimento de capacidade de computação a vários clientes. A OpenAI será uma deles.

Em causa no acordo estará uma capacidade de 4,5 gigawatts para processamento de dados nos centros da Oracle, no âmbito do projeto Stargate. A iniciativa junta, além da Oracle e da OpenAI, o SoftBank, a NVIDIA, a Arm e a Microsoft, no compromisso de investir 500 mil milhões de dólares em infraestruturas de IA nos Estados Unidos, reforçando a capacidade do país nesta área.