
As vagas de emprego para especialistas em TIC cresceram a um ritmo cinco vezes superior ao do emprego geral entre 2014 e 2022, de acordo com o mais recente “Estado da Nação”, da Fundação José Neves.
O nível de procura comparativamente ao número de profissionais disponíveis leva a que seis em cada 10 empresas interessadas nestes especialistas reportem dificuldades de recrutamento, refere o relatório. Além da falta de candidatos, as expectativas salariais também dificultam a contratação, apontam.
Os diplomados em cursos TIC aumentaram de forma muito significativa nos últimos anos, mas as mulheres continuam sub-representadas nestas áreas de estudo. Atraí-las pode ser uma das abordagens com maior potencial para aumentar o número destes especialistas, sugere a Fundação José Neves.
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Em 2022, das competências pedidas em ofertas de emprego, 28% eram digitais, ou seja, competências técnicas que permitem o uso de tecnologias de informação e comunicação. Apesar de continuarem a ser as menos representadas no total dos requisitos (em comparação com as de tipo técnicas e transversais), foram as competências digitais que viram o seu peso aumentar de forma mais significativa: em 2019, representavam cerca de 25% das competências mencionadas em ofertas de emprego.
Depois da pandemia, o mercado de trabalho tornou-se mais qualificado e digital, destaca igualmente o relatório. Em 2022, 28% das competências pedidas eram digitais e 66% das ofertas de emprego anunciadas solicitavam competências digitais, um valor em linha com o de 2020, mas muito superior aos 54% de 2019.
A digitalização do emprego aumentou de forma mais visível desde 2017 e de forma muito acentuada durante a pandemia, ficando acima das projeções até 2030. Apesar da aceleração, continua a haver um enorme potencial de digitalização, sugere o estudo.
“Acelerar a digitalização pode levar a melhorias das condições salariais dos trabalhadores e da produtividade das empresas e do país”.
Quatro em cada 10 trabalhadores portugueses estão em empregos em que, ou não utilizam tecnologias digitais, ou fazem uma utilização muito básica das mesmas e 48% das empresas têm um nível de digitalização baixo.
O relatório revela ainda que as empresas mais digitais são, em média, mais produtivas, pagam salários mais elevados e foram mais resilientes durante o período da pandemia.
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