Recentemente, a NASA deu a conhecer os seus planos em relação ao futuro da Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês), indicando que a sua “destruição” estaria prevista para 2030. No entanto, à medida que o conflito entre Rússia e Ucrânia evolui, e que são aplicadas sanções ao país agressor, incluindo no setor tecnológico e espacial, o futuro da ISS torna-se incerto.

Ainda nesta semana, a agência espacial russa (Roscosmos) deu a conhecer que tem uma licença do governo russo para se manter em operações na ISS só até 2024. Em declarações à Tass, a Roscosmos afirmou que, tendo em conta o atual contexto de conflito, há dúvidas em relação à extensão deste acordo.

A Roscosmos espera que o governo norte-americano deixe de pressionar a NASA de modo a iniciar um processo de diálogo com a Rússia, indicando que, se não for possível chegar a um acordo, tal terá um impacto no programa da ISS.

Anteriormente, numa série de publicações no Twitter, Dmitry Rogozin, diretor da Roscosmos, afirmou que, devido às sanções impostas pelos Estados Unidos, a Rússia poderia abandonar a cooperação na ISS, deixando no ar a ameaça de que a estação poderia vir a cair nos Estados Unidos ou Europa, ou até sobre a China ou Índia. Recorde-se que o lado russo da ISS é responsável pela manutenção da órbita da estação, assim como pela sua propulsão.

“Destruição” da ISS está marcada para janeiro de 2031. Destroços vão cair no Oceano Pacífico
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Por outro lado, Bill Nelson, administrador da NASA, afirmou durante uma recente reunião do conselho da agência espacial norte-americana que manter a entidade quer manter relações profissionais com todos os parceiros da ISS para assegurar a segurança das operações.

Como avança o The Wall Street Journal, Kathy Lueders, administradora associada da NASA para a Exploração e Operações Humanas, reforça a importância da colaboração entre os diferentes parceiros no processo, enfatizando que seria difícil para a NASA operar a ISS sozinha.

A saída da Rússia do grupo de parceiros que compõem a ISS, e que incluem ainda a agência espacial europeia (ESA), japonesa (JAXA) e canadiana (CSA), significaria a remoção do Segmento Orbital Russo. Para já, o futuro da ISS é incerto, mas há já quem comece a pensar em formas como a SpaceX poderia ajudar a manter a normalidade das operações.

De acordo com Kathy Lueders, a agência tem vindo a procurar ajuda adicional para as operações na ISS, destacando o caso da Northrop Grumman e até da SpaceX. Aliás, Em resposta à série de tweets de Dmitry Rogozin, Elon Musk interveio, publicando apenas uma imagem do logo da SpaceX, o que levou muitos a crer que a empresa espacial poderá desempenhar um papel importante no futuro da estação.

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