No segundo trimestre do ano, o número de subscritores de pacotes de serviços foi de 4,8 milhões, num crescimento de 1% em comparação com o mesmo período em 2024. A entidade reguladora detalha que o crescimento está associado às ofertas 4/5P, que registaram um aumento de 5,4%.

Com mais de 2,8 milhões de subscritores, um valor que corresponde a 59,4% do total de assinantes, as ofertas 4/5P foram as mais utilizadas. Seguem-se as ofertas 3P, com 1,5 milhões de subscritores (31,8%). No entanto, a ANACOM nota que este tipo de oferta registou o maior decréscimo anual da última década, com menos 6,8%.

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Os dados indicam que o segmento residencial representava 86,7% dos subscritores de ofertas em pacote, com a maior fatia a ser composta por pacotes 4/5P (62,1%). Já o segmento não residencial, que representava 13,3% do total, registou um peso de ofertas 2P de 23,2%. Por comparação, o peso das ofertas 2P no segmento residencial foi de 6,6%.

Durante o período em análise, cerca de 85,6% dos acessos fixos foram comercializados em pacote, com diferenças entre serviços: 83,8% nos acessos do serviço telefónico fixo, 95,9% no serviço de acesso à Internet em local fixo e 98,3% nos acessos do serviço de distribuição de sinais de TV por subscrição. Por outro lado, nos acessos móveis, as ofertas em pacote registaram uma menor proporção, na ordem dos 39,2%.

Entre os meses de janeiro e junho, as receitas de serviços em pacote (valores sem IVA) alcançaram a marca dos 1,1 mil milhões de euros, numa subida de 1,5% em comparação com o ano anterior.

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Porém, este “trata-se do crescimento anual mais baixo desde a recolha iniciada em 2018”, indica a ANACOM. As receitas de ofertas 4/5P representaram 69,8% do total das receitas em pacote,com o segmento residencial a englobar 86,5% das receitas em pacote.

A receita média por subscritor teve uma ligeira subida de 0,1%, passando para 39,87 euros. Olhando para as ofertas 4/5P, a receita média mensal foi de 47,26 euros (menos 2%) e de 31,69 euros no caso das ofertas 3P (mais 1,6%)

Os dados partilhados pela entidade reguladora mostram que a MEO foi o prestador com maior quota de subscritores de serviços em pacote (41,7%) durante este período. Segue-se o Grupo NOS (34,9%), a Vodafone (20,5%) e o Grupo DIGI/NOWO (2,8%). Se a MEO manteve a sua quota, as da Vodafone e do Grupo NOS diminuíram 0,1 p.p.

A MEO foi também o prestador com a maior quota de subscritores em todos os tipos de oferta (2P, 45,7%; 3P, 37,8%; e 4/5P, 43,1%) e dos dois segmentos (residencial (39,9%) e não residencial (53,3%).

A quota mais elevada de receitas de serviços em pacote foi atingida pela MEO (39,8%). Segue-se o Grupo NOS (38,4%), a Vodafone (20,2%) e o Grupo DIGI/NOWO (1,5%).

Por tipo de oferta e segmento de cliente, o Grupo NOS destaca-se com a maior quota de receitas de ofertas em pacote no segmento residencial (39,8%) e nas ofertas 4/5P (43,3%), e a MEO com a maior quota de receitas de ofertas em pacote no segmento não residencial (48,7%) e nas ofertas 2P (40,0%) e 3P (41,4%), indica a ANACOM.