Voltou-se a fazer ciência no CERN, três anos depois do LHC (Large Hadron Collider ou Grande Colisor de Hadrões) ter suspendido as operações para manutenção e melhorias do seu sistema. Os cientistas voltaram a ligar o acelerador de partículas e já foi realizado a primeira experiência, com dois feixes de protões a circularem em sentidos opostos no anel do LHC que tem 27 quilómetros. O colisor está a receber 450 mil milhões de eletrões-volt (450 GeV) nesta experiência.

Portugal faz parte do projeto e das experiências ATLAS e CMS do LHC desde o seu início, através do Laboratório de Instrumentação e Partículas. O laboratório esteve envolvido nas melhorias que foram feitas ao LHC durante esta paragem e vai participar na nova experiência SND@LHC que teve agora início.

De recordar que o LHC parou em julho de 2018, projetando-se a sua manutenção até 2021, mas que devido à pandemia os trabalhos prolongaram-se. Ainda assim, muitas das suas experiências continuaram ativas nestes últimos anos. Em 2020, foi aprovada a construção de um novo colisor, o Future Circular Collider, que apenas estará pronto em 2038 na Suíça, tendo um orçamento que ronda os 21 mil milhões de euros.

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O acelerador de partículas foi responsável pela descoberta da partícula do bosão de Higgs, que teve também o envolvimento de cientistas portugueses. Este é considerado vital para a formação do universo depois do Big Bang que aconteceu há 13,7 mil milhões de anos.

Segundo referiu Rende Steerenberg à Reuters, “não é apertar um botão” para reiniciar o LHC. O sistema tem um procedimento muito complexo, deixando os cientistas com alguma tensão e nervosismo na retoma dos trabalhos. Havia o risco de potenciais obstruções, atrofia dos materiais sujeitos a grandes oscilações de temperatura, falhas nos imãs responsáveis por manter o fluxo das partículas nos túneis de aceleração e outras questões técnicas.

Esta nova fase tem uma previsão de duração até 2026-27 e a atualização do LHC incluiu a instalação de novos imãs, projetados para condensar os protões no interior, aumentando o número de colisões, e com isso a possibilidade de se realizar mais descobertas.

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