A moda foi uma das categorias que mais cresceu em vendas online nos últimos anos, mas se há diferença difícil de ultrapassar, entre uma compra online de roupa e uma compra na loja, é a possibilidade de experimentar.

Vários pilotos têm recorrido às tecnologias mais modernas para tentar contornar a questão e permitir a quem vai comprar uma peça de roupa online aproximar-se o mais possível da experiência em loja.

O facto de nenhuma destas experiências ter escalado o suficiente para que a possibilidade de experimentar roupa online já seja hoje uma coisa banal mostra pelo menos duas coisas: ainda não há uma forma apelativa, nem barata de o fazer. A Google quer ultrapassar a questão com uma nova abordagem, suportada num modelo de inteligência artificial generativa.

Assim lançou a possibilidade, ainda restrita para os Estados Unidos e para algumas peças e marcas específicas, de ver como fica uma peça de roupa antes de comprar, no corpo de alguém com características semelhantes às de quem está a adquiri-la.

Google provador virtual Google provador virtual
créditos: Google

Como? Contratou 80 modelos, metade homens e metade mulheres, para dar corpo às peças disponíveis através deste novo serviço de provas virtuais. Das marcas, diz que só precisa de uma única foto de cada peça, informação que associada às características dos tecidos e tamanhos chegam para processar a informação através de IA e vestir virtualmente os modelos contratados. O utilizador só precisa de escolher o modelo com o corpo mais idêntico ao seu para ver como “veste” cada peça.

Os modelos vestem todos os tamanhos possíveis, desde o XXS ou 4XL. Têm diferentes tons de pele, formas corporais e penteados, o que permite mostrar com rigor como assenta o corte de cada peça em diferentes compradores, assegura a Google.

O provador virtual ficou disponível esta semana nos Estados Unidos. Quem procurar peças de roupa no motor de busca pode experimentá-las virtualmente, nas peças identificadas com a legenda “Provador Virtual”.

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Para já, a opção só está a ser aplicada a tops de senhora, mas a ideia é que seja alargada a outras peças e eventualmente a outros mercados. Pode ser encontrada em peças de marcas como a Anthropologie, Everlane, H&M ou LOFT, exemplifica a Google.

A par desta novidade, a empresa anunciou outra, também potenciada pela IA, e melhorou o serviço de aconselhamento para as compras de vestuário online. A ideia é que a pesquisa possa devolver informação tão precisa como o funcionário de uma loja.

Para isso, passa a ser possível definir vários critérios para procurar peças alternativas a uma que viu em determinada loja, em função da cor, padrões ou modelos da preferência do comprador.