No próximo ano letivo, os alunos do 1.º e 2.º ciclos vão deixar de poder usar telemóveis na escola. A medida, aprovada em Conselho de Ministros no início de julho, chegou com recomendações, mas também com excepções.

Mas será que a proibição vai mesmo melhorar o desempenho escolar e reduzir problemas como bullying? De acordo com os resultados da nossa mais recente votação, 48% dos leitores acreditam que a medida vai ter um impacto positivo, numa opção que recebeu 3.171 votos.

Votação TEK | Proibição de telemóveis nas escolas
Votação TEK | Proibição de telemóveis nas escolas

Por outro lado, 20% dos leitores (1.309 votos) acreditam que a iniciativa é um passo na direção certa, mas consideram que as medidas precisam de ser mais rígidas para realmente surtirem efeito.

Segundo os dados, 17% dos participantes (1.104 votos) defendem que tudo vai depender da maneira como as regras forem implementadas. Por fim, 15% (982 votos) não acreditam que a proibição vai fazer diferença e que o problema não está nos telemóveis em si.

Recorde-se que, de acordo com as medidas detalhadas pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação, a proibição do uso de telemóveis aplica-se aos alunos do 1.º e 2.º ciclos, ou seja, até ao 6.º ano de escolaridade. Anteriormente, o ministro Fernando Alexandre já tinha esclarecido que a medida se aplica aos estudantes que frequentem estabelecimentos de ensino públicos e privados.

Explicador rápido: Afinal, onde é que os alunos vão poder usar telemóveis nas escolas?
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 O Governo não avançou com uma proibição do uso de telemóveis para o 3.º ciclo e Secundário, mas há recomendações para os alunos destes ciclos escolares.

No caso dos estudantes do 3.º ciclo, a recomendação é da implementação de medidas que limitem e desincentivem o uso de telemóveis no espaço escolar. Já para o Secundário, a recomendação é semelhante, mas envolve a participação dos alunos para o desenvolvimento de regras em conjunto que permitam uma utilização mais responsável da tecnologia.

Entre as excepções estão incluídos os alunos com baixo domínio da língua portuguesa que podem precisar do smartphone para comunicar, assim como os estudantes que, por questões de saúde comprovadas, precisam do acesso aos equipamentos.

Note-se que os telemóveis podem ser permitidos em contexto de sala de aula ou em visitas de estudo, desde que estas atividades sejam devidamente enquadradas pelos professores.

Outra das excepções é o uso de "dumb phones", isto é, telemóveis mais simples que não têm capacidade de acesso a serviços online, mas que permitem que os estudantes contactem as suas famílias.

Já está online mais uma votação do TEK e, agora, pode partilhar a sua opinião sobre o impacto do AI Mode da Google na maneira como acedemos a informação online.