Depois de a Comissão do Mercado Interno e da Proteção dos Consumidores ter aprovado em abril a sua posição, o Parlamento Europeu confirma que está pronto para começar a negociar com o Conselho a criação de um carregador universal na União Europeia.

Os eurodeputados da comissão parlamentar defendem que os novos equipamentos devem incluir informação clara sobre opões de carregamento, assim como como rotulagem apropriada, e que Bruxelas deverá apresentar uma estratégia que permita a interoperabilidade entre soluções de carregamento, tendo em conta a crescente popularidade do carregamento wireless, até 2026.

Recorde-se que o Conselho da União Europeia acordou em janeiro a sua posição relativamente a um novo carregador universal para começar a negociar o texto legislativo com o Parlamento Europeu, visando beneficiar os consumidores e reduzir os resíduos eletrónicos.

Em setembro do ano passado, a Comissão Europeia apresentou uma proposta para um carregador universal na UE, após 12 anos de compromissos voluntários do setor tecnológico, que permitiram uma redução para três modelos.

Parlamento Europeu aprova posição para negociar criação de novo carregador universal na UE
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A proposta tem em vista uma harmonização dos carregadores na União Europeia, com o USB-C a tornar-se o padrão para uma variedade de equipamentos, de smartphones e tablets a câmaras, altifalantes e consolas portáteis, fazendo uma revisão da  diretiva comunitária RED (Radio Equipment Directive).

A ideia de carregador comum já foi defendida várias vezes na União Europeia, mas tem merecido a oposição de empresas tecnológicas, como a Apple, que têm os seus próprios equipamentos.

A questão tem vindo a ser falada desde 2009, quando foi assinado um acordo entre os principais fabricantes de telemóveis na Europa para reduzir o número de carregadores existentes no mercado.

Atualmente, existem três principais tipos de carregadores no mercado europeu: USB 2.0 Micro B, USB-C e o sistema Lightning, utilizado exclusivamente por equipamentos da Apple. No entanto, o acordo entre a indústria expirou em 2014 e, desde então, o Parlamento Europeu tem apelado a Bruxelas para que sejam adotadas regras de modo a desenvolver um carregador comum.