Lançada em 2014, após a aquisição da VoodooPC, a gama Omen veio substituir a anterior série Pavilion, anteriormente catalogada como sendo a gama de gaming da marca. Desde então tem lançado bons produtos, mas até hoje nunca senti que tivessem acertado na fórmula certa para rivalizarem em pé de igualdade com outros fabricantes dominantes neste segmento.
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Com a nova gama “Omen Max”, que foi apresentada no início do ano durante o CES 2025, acredito que a HP finalmente percebeu onde falhou anteriormente, ao dar espaço para que os engenheiros tivessem maior poder de decisão, face às equipas de marketing, que anteriormente foram decisivas em escolhas que, no meu entender, foram algo duvidosas.
Com o novo Omen Max 16, a HP revela-nos aqui não só um computador portátil com hardware de topo, mas com características e funcionalidades dignas de um equipamento desse segmento, ou seja, que permitem explorar todo o potencial dos componentes escolhidos.
Para começar temos a dimensão perfeita para um portátil deste género, com uma estrutura robusta e linhas sóbrias, sem grandes exageros visuais, além de uma faixa de iluminação LED RGB na base, para que não nos esqueçamos de qual o target deste equipamento. O ecrã de 16 polegadas encontra-se acompanhado de uma moldura minúscula, existindo apenas uma faixa mais notória no topo, onde se encontra a webcam, que conta com uma porta física para total privacidade.
Na base, são notórias as grandes saídas de exaustão do ar quente nas laterais que, tal como no painel traseiro, servem para manter todos os componentes no seu interior devidamente arrefecidos. Não sou grande adepto desta solução, até porque o ar quente pode, por vezes, entrar em contacto com o utilizador, o que não é o ideal. Igualmente presente nas laterais estão as ligações mais comuns, uma porta USB Type-A (3.1 Gen2 de 10 Gbps) no lado direito, e duas USB Type-C no lado esquerdo, juntamente com a ligação jack de 3,5mm para os auscultadores.
Clique nas imagens para ver o HP Omen Max 16 com mais detalhe
Atrás encontra-se a ligação para o alimentador (um enorme “tijolo” de 330W), uma ligação Ethernet Lan de 2.5 GbE, uma saída HDMI 2.1 e uma porta USB Type-A 3.1 Gen2 de 10 Gbps. Ainda em termos de exterior e construção, destaque para o agradável toque do teclado, que embora seja completo, ou seja, incluí teclado numérico, conta com teclas das setas direcionais demasiado pequenas e pouco destacadas, como deveria ser obrigatório num portátil de gaming. O touchpad, de grandes dimensões, revelou ser bastante preciso, mas nada bate a utilização de um bom rato externo.
Finalmente chegamos ao monitor, um excepcional ecrã OLED de 16 polegadas de resolução 2.5K (2560 por 1600 pixéis), que garante um tempo de resposta mínimo de somente 0,2ms e uma taxa de atualização variável entre 48 a 240 Hz. Este ecrã destaca-se igualmente pelo elevado brilho de 500 nits durante a reprodução de conteúdos em HDR, e por garantir uma reprodução de 100% do espectro de cores DCI-P3.
Relativamente ao seu interior, embora o acesso esteja facilitado, continua a ser necessário remover seis parafusos. Estes seguram todo o painel inferior, facilitando assim qualquer intervenção necessária internamente. Removendo este, encontra-se a solução de câmara de vapor e heatpipes utilizada para a transferência de calor dos principais componentes para a zona de dissipação.
Designada de Omen Tempest Cooling Pro, esta solução permite arrefecer não só o CPU (processador) como o GPU (processador gráfico) e outros componentes, como a memória RAM do sistema e o SSD. Por forma a garantir uma dissipação mais eficaz, a HP aumentou a dimensão das ventoinhas, com mais 1,6 mm de altura, o suficiente para aumentar significativamente o fluxo de ar utilizado pelo sistema.
Para evitar um dos maiores problemas deste tipo de equipamento, a acumulação de poeiras nas lâminas das ventoinhas, a HP desenvolveu com a Intel uma solução muito inteligente, designada de Fan Cleaner. Esta permite que, entre sessões de gaming, inverter a rotação das ventoinhas, evitando assim a acumulação das referidas poeiras.
Igualmente relevante é o recurso a uma pasta térmica de metal líquido, mas a HP optou por inovar, ao manter o gálio como elemento base, mas em vez de o misturar com índio, optaram por o revestir com silicone. Desta forma, mantiveram as propriedades de condução térmica quase intactas, mas aumentaram a viscosidade, evitando dessa forma possíveis fugas do metal líquido, que é altamente condutor quando em contacto com componentes electrónicos.
Com tudo isto, nem chegámos ainda a falar na configuração deste Omen Max 16. Trata-se de um computador portátil equipado com um processador Intel Core Ultra 9 275HX de última geração, com um total de 24 núcleos, 8 de alto desempenho e 16 de eficiência energética, no qual os primeiros podem trabalhar até 5.4 GHz, e os segundos até 2.7 GHz. Este encontra-se acompanhado de um total de 32 GB de memória RAM DDR5 a 5600 MHz em Dual Channel (equivalente a dois módulos de 16 GB), e um SSD PCIe 5.0 de 1TB.
Relativamente à placa gráfica, que será certamente o principal responsável pelo avultado custo deste equipamento, estamos perante uma Nvidia GeForce RTX 5080, um GPU de topo que conta com 7680 núcleos CUDA e que pode trabalhar até 2.287 MHz. Este conta com os préstimos de 16 GB de memória GDDR7 dedicada. Como seria de prever, o desempenho deste sistema é excelente, sendo perfeitamente capaz de lidar com qualquer título existente no mercado a 1440p com as definições no máximo, incluindo os modos de Ray Tracing e HDR.
Sempre que sentir alguma dificuldade em lidar com Ray Tracing, saiba que terá sempre a tecnologia de upscaling DLSS 4.0 da Nvidia por detrás, para lhe dar aquele impulso extra no número de fotogramas por segundo, garantindo assim sempre a fluidez necessária para uma boa experiência de jogo. Para confirmar o excelente desempenho deste equipamento, utilizou-se os modos de gestão energética por forma a dar máxima prioridade ao desempenho e registámos os seguintes valores, que poderá confirmar na seguinte galeria.
Clique para ver os resultados dos benchmarks obtidos pelo HP Omen Max 16
Com 16.478 pontos para o TimeSpy e 30.137 pontos para o FireStrike, é difícil imaginar este tipo de pontuação nos benchmarks sintéticos do 3DMark num computador portátil. Infelizmente não correr o PCMark 10, dando sempre erro nos testes finais, o que também nos impediu de realizar o teste de bateria, para determinar qual a autonomia deste conjunto. Para finalizar os testes sintéticos, temos os resultados do CineBench R23, com 2.240 pontos para um só núcleo e 35.593 para todos os núcleos, demonstrando o potencial deste CPU da Intel.
Em termos de videojogos, decidimos correr o Assassin's Creed Valhalla a 1080p com as definições gráficas em Ultra, tendo obtido um valor médio de 176 fotogramas por segundo. Já o F1 23, também a 1080p em modo Ultra, obtivemos 165 fps. Shadow of the Tomb Raider registou 197 fps de média com as definições em Highest a 1080p, e FarCry 6 finalizou com 253 fps de média a 1080p com as definições em Ultra. Convém referir que todos estes resultados foram obtidos com o DLSS desligado, para podermos comprovar somente o potencial bruto desta configuração.
Para finalizar, qual foi o resultado da experiência que tive com este Omen Max 16? Como certamente imaginará, foi muito boa, mas não livre de críticas. O design é excelente, mas gostaria de ter visto outro tipo de acabamento, já que estas superfícies ficavam facilmente marcadas com a gordura das mãos. O teclado, embora muito agradável de usar, a dimensão das teclas das setas direcionais, em particular a superior e inferior, são demasiado pequenas e pouco práticas para jogar, que deveria ser a principal função deste equipamento.
De resto, nada a dizer em termos de desempenho, sempre excelente, assim como do brilhante ecrã. O sistema de som, embora optimizado pela HyperX e tenha certificação DTS:X Ultra, é bom, mas pouco marcante. Faz-lhe falta um woofer dedicado para garantir maior vivacidade, de preferência virado para baixo, para aproveitar a superfície da secretária para maior impacto.
Destaque (positivo) ainda para o sistema de arrefecimento, que mesmo no modo mais intenso, não é assim tão ruidoso como outras soluções que já experimentei, o que é um ponto muito positivo, sendo ele igualmente capaz de dissipar o calor em excesso do sistema, sendo que esse raramente se fez sentir na superfície do equipamento, em especial na zona de apoio dos pulsos e no teclado.
Seria esta a minha primeira escolha, caso estivesse à procura de um bom portátil de gaming? À partida não, muito menos tendo em conta os 3.699 euros pedidos. O problema é que a configuração utilizada, e a recente crise dos chips que tem aumentado de forma exorbitante o preço da RAM e dos SSDs, o valor até já nem me parece desajustado da realidade. E, verdade seja dita, depois da experiência de utilização e dos convincentes benchmarks realizados, já não tenho qualquer problema em colocar este HP Omen Max 16 no topo da minha lista de recomendações para equipamentos deste segmento.
Ficha Técnica
- Processador – Intel Core 9 Ultra 275HX
- Memória – 2x 16GB DDR5 5600 MHz
- Armazenamento – 1 TB SSD NVMe PCIe 5.0
- Placa Gráfica – Nvidia GeForce RTX 5080 16GB GDDR7
- Ecrã – 16” OLED WQXGA (2560x1600), 0,2ms, 240 Hz
- Dimensões – 356,5 x 269 x 248 mm
- Peso – 2,68 kg
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