Por Renan Pontes (*)
Como o Business Intelligence pode ajudar-te a conheceres a tua empresa em inúmeros níveis.
Mesmo nos nossos tempos modernos, onde se lê matérias e artigos em todo lado sobre Inteligência Artificial e ferramentas que podem “fazer o trabalho por ti”, muitas empresas ainda não conhecem o mínimo sobre os próprios dados e, muito menos, como utilizá-los a seu próprio favor.
Então, como é que os dados podem ajudar as empresas? Os dados, de forma geral, seguem uma linha temporal e podemos utilizá-los de forma descritiva (também chamada de exploratória), preditiva e prescritiva. O BI (Business Intelligence) atua na análise descritiva, que significa utilizar os dados históricos para explicar algumas perguntas como: Quando ocorreu? O que ocorreu? Porque é que ocorreu? Quanto ocorreu? Ou seja, os dados do passado até ao presente.
No caso das análises preditivas, estas são feitas com o intuito de usar dados conhecidos, aliados a modelos matemáticos e estatísticos, na tentativa de “prever” alguns resultados seguindo as tendências. E, se pensarmos desta forma, estamos a tratar de “dados do futuro”. Já as prescritivas, tem o apoio do negócio e know-how aplicado em conjunto com a descritiva e preditiva, com o objetivo de identificar as melhores decisões e estratégias com recurso a estas informações.
Com técnicas de modelação de dados, em conjunto com regras de negócio, cálculos e, sobretudo, uma boa análise e interpretação dos dados brutos, é possível começar a responder a inúmeras questões com um sistema de BI, também referido como Analytics. Aqui, são recolhidos os dados brutos de diferentes fontes e feito o processo de limpeza destes dados que são transformados e gravados num novo modelo de dados chamado de Data Warehouse. A partir desse momento, neste modelo, os dados ficam armazenados como se estivessem num cubo, onde os valores (métricas) ficam no seu centro e as faces são as dimensões. Ao cruzarmos várias dimensões, podemos responder às perguntas que foram feitas inicialmente, como por exemplo: Em 20/02/2023, foram vendidas 50 unidades do produto XPTO para o Cliente ABCD com valor de € 300,00.
Com isso em mente, podemos afirmar que o produto final de dados brutos é a informação, informação essa que gera conhecimento, que por sua vez gera um processo de tomada de decisão incrivelmente mais fácil e assertivo, resultado de estar baseado em factos e indicadores.
Por mais que possa parecer óbvio, um bom e sólido sistema de Analytics, seja ele somente descritivo ou até mais avançado, com predição e prescrição, pode escalar os negócios de uma empresa que tenha nas suas mãos o poder da informação. Ainda hoje existem empresas que pensam que esta realidade não é para elas. Analytics não é só para grandes multinacionais ou empresas muito avançadas. Pode estar em todo lado, desde uma farmácia até numa grande empresa e, em cada negócio, terá o seu impacto positivo.
Tendo isto em consideração, Clive Humby, um matemático londrino especializado em ciência de dados, referiu a emblemática frase “Data is the new oil” que, em tradução livre, seria algo como: “Dados são o novo petróleo”. Arrisco-me a dizer que ao dia de hoje, em determinados cenários, talvez valha mais que o petróleo. Imagina a bolsa de valores sem análise de dados. Portanto, o questão que fica é: “Tens noção do quão valiosos são os teus dados?
(*) Business Intelligence, Bee Engineering
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