Por Tijana Krstajic (*)
O potencial que a recolha e análise de dados traz às organizações está a trilhar novos caminhos no setor tecnológico, desafiando empresas e profissionais a acompanhar mudanças operadas em alta velocidade. A resposta? Desenvolver e dominar soft skills fundamentais para estar a par das tendências, aprofundar a inovação e conquistar os melhores resultados.
A digitalização do mercado, o crescente uso de Inteligência Artificial, as novas soluções na cloud ou o recurso a Machine Learning estão a ditar uma aceleração na transformação orientada por dados. O potencial da recolha e análise de informação é infinito, permitindo sugerir produtos aos consumidores com base nas suas
pesquisas, tratar com maior segurança dados e transferências bancárias e também realizar cirurgias com recurso a robôs com alta precisão.
Mas que competências além do domínio técnico da matéria marcam a diferença para o talento neste setor? E como pode este know-how acelerar a transformação das organizações? Enquanto manter um olhar atento ao mercado é extremamente importante para acompanhar tendências e desenvolver as soluções mais disruptivas, existem outras soft skills que permitem aos profissionais diferenciar-se no setor.
O envolvimento de diferentes stakeholders no processo de mudança traz desafios acrescidos à gestão do processo: cada responsável tem o seu ponto de vista, os seus conselhos e receios. Por isso, o talento que tenha a capacidade de unir estes stakeholders, fazendo-os “remar para o mesmo lado”, acrescenta grande valor à
organização, prestando maior apoio na definição de requisitos, estratégia e caminho a seguir.
Também na ótima de relações humanas, e como revela uma pesquisa da Zühlke, um dos principais desafios para as empresas que pretendem seguir esta transformação é a colaboração das equipas. Com várias equipas envolvidas na transformação Data-Driven, dos engenheiros aos especialistas de marketing, a capacidade de
estreita cooperação entre todos revela-se fundamental para o sucesso das soluções criadas.
A nível individual, apostar no desenvolvimento do pensamento crítico e analítico potencia a capacidade de criar soluções realmente diferentes e inovadoras.
Conseguir compreender as necessidades do cliente e traduzi-las para a solução técnica certa é fundamental, enquanto uma reflexão constante sobre padrões e procedimentos permite trazer verdadeira disrupção e distinguir a organização neste processo de mudança orientado pelos dados.
Segundo um estudo do ManpowerGroup, a grande maioria das empresas considera que as soft skills são mais difíceis de desenvolver e ensinar dentro das suas equipas do que as hard skills. Por isso, acredito que são estas competências que vão distinguir a curto e longo prazo os profissionais e organizações que procuram liderar com sucesso a transformação Data-Driven.
A mudança de paradigma com o uso de dados está a estender-se a todos os setores e deve estar no topo das prioridades das empresas que querem continuar a construir o futuro e são os especialistas melhor preparados que vão liderar esse caminho.
Defendo que pessoas, processos e tecnologia devem estar sob igual foco de investimento das organizações e, por isso, as softs skills dos profissionais devem ser uma aposta importante para elevar os resultados e assegurar a frente da corrida de um setor em profunda mudança.
(*) Diretora de Dados e Inteligência Artificial na Zühlke
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