Por: Luís Bravo Martins (*)
Contaminaram as nossas profissões, o que por vezes dá confusão - sobretudo nesta fase em que não estão mainstream. Ambas trazem mais-valias, embora diferentes, mas têm dimensões técnicas semelhantes. Posto isto, como é que as conseguimos rapidamente distinguir?
Realidade Virtual (VR) substitui a Realidade visual por uma realidade digital, enquanto a Realidade Aumentada (AR) sobrepõe elementos digitais à realidade física.
O VR reporta-se à reprodução completa num local duma realidade distante ou imaginada – seja através de smartphones, tablets, de salas especialmente criadas para o efeito, de consolas como a Playstation VR ou de óculos VR como os Samsung Gear VR, Google Cardboard, Oculus Rift ou HTC Vive.
De forma a permitir uma experiência imersiva, estes óculos são opacos e por vezes dependem do telemóvel ou computador para visualizarmos as experiências.
O resultado permite-nos visitar países, tempos ou situações profissionais remotas – o interior da grande pirâmide do Egito, a margem dum vulcão em erupção, o interior de um bloco operatório durante um transplante cardíaco… Todas são experiências que podemos facilmente ter recorrendo à Realidade Virtual – todas sem sair do sofá ou cadeira (até porque com óculos opacos, a mobilidade é muito reduzida). A última lista de jogos VR que consultei está aqui - alguns podes experimentar já, dependendo do dispositivo que tiveres.
Já a Realidade Aumentada permite a qualquer um de nós visualizar todo o tipo de ficheiros ou elementos disponíveis na web (imagens, animações, vídeos, 3D, etc) sobrepostos à Realidade física. Esta aplicação ou sobreposição é visível através de smartphones, tablets ou óculos de Realidade Aumentada como os Microsoft Hololens, Epson Moverio, Vuzix ou META. Estes óculos são transparentes e reconhecem os objetos onde devem colocar os elementos necessários à experiência – visualizar passo a passo a desmontagem de um torno, visitar o projeto da nossa futura casa no local onde ela será construída, assistir a um desfile de moda na nossa sala de estar ou visualizar como era Lisboa há 100 anos.
Ambas as tecnologias alteram essencialmente duas dimensões em qualquer processo de comunicação digital:
1) O significado dos espaços
Se adicionarmos novos elementos que facilitem o entendimento de contextos, a passagem de informação ou de conhecimento, estamos a aumentar ou transformar o significado dos espaços vividos por cada um de nós.
Vários museus recorrem hoje a hologramas para agirem enquanto guias interativos, substituindo os áudio-guias que encontrávamos no inicio do século. São agora as próprias figuras históricas a explicar-nos como usavam aquele utensílio ou o pintor a explicar porque aquele quadro era tão importante. Em Portugal, museus como Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco, ou o Museu das Comunicações, em Lisboa, são exemplos disto.
2) A nossa capacidade de decidir
A Realidade Virtual e Aumentada aceleram a aprendizagem de novas competências, a resolução imediata de tarefas e a compreensão visual de processos – o que nos deixa bastante mais seguros na tomada de decisão. Para além disso, apps como as do IKEA permitem-me simular antes de comprar.
VR e AR não vão transformar o universo porque já o estão a fazer. Juntem-se a mim e ao Tiago Loureiro dia 16 de Maio, às 19h no Webcast FLAG “Faceoff: Realidade Virtual vs Realidade Aumentada - Quem vai transformar a humanidade?" para explorarmos o potencial de ambas as tecnologias, as oportunidades profissionais e o que já está feito em Portugal - por exemplo, sabiam que temos mais de 50 empresas de VR e AR no nosso ecossistema? Temos mais surpresas para partilhar – apareçam.
(*) formador FLAG e Head of Marketing @ IT People Group.
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