Por Tiago Fernandes (*)
Vivemos na era da informação. Mesmo sem nos apercebermos o nosso dia-a-dia está rodeado de dispositivos. Algoritmos que nos ajudam e que ajudam as empresas a recolher ou a dar acesso a dados que nos servem de muleta às decisões do quotidiano.
Encontramos, por isso, uma sociedade em mudança, uma mudança baseada na recolha e tratamento de informação, caindo a vantagem para quem estiver melhor qualificado para ler e se adaptar, sejam empresas ou indivíduos. A velocidade com que essa transformação acontece, está não só a alterar a dinâmica do nosso dia-a-dia, mas também a competitividade dos nossos mercados.
Desde o momento em que acordamos e saímos de casa rumo ao nosso local trabalho, o nosso trajeto é decidido por um dispositivo que nos permite visualizar qual o melhor trajeto, aquele que tem melhor relação entre tempo e quilómetros a percorrer. Quando chegamos e precisamos de nos conectar a um cliente do outro lado do mundo e falar o seu idioma, não há problema, temos um tradutor automático numa qualquer aplicação ou lugar na internet. Ao fim do dia, o exercício que fazemos é monitorizado por um relógio que nos permite saber sempre o estado de saúde e as calorias que gastamos. Todos estes dados são indicadores preciosos que podem ser utilizados para facilitar a nossa vida ou para os players no mercado tomarem decisões que os vão ajudar a encontrar a melhor forma de promover os seus produtos.
O desenvolvimento desses produtos contendo essa informação permite, sem que estes percebam, conseguir ter os utilizadores finais envolvidos em todas as fases do projecto. A análise desses dados possibilita também às empresas seguirem as direcções correctas sem muito esforço e indo ao encontro do consumidor final.
Estamos no tempo da Big Data, onde grandes quantidades de informação são recolhidas a cada instante. É no como transformar essa informação em valor, que entram as ferramentas tecnológicas de análise de dados que permitem às empresas discernir a melhor decisão a tomar no meio da imensidão de dados que hoje lhes é possível recolher.
Os maiores fornecedores tecnológicos já perceberam esta tendência e reinventam os seus modelos de negócio de forma a fazer face a este novo rumo. Os serviços Cloud onde a Amazon deu origem ao AWS, ou onde a Microsoft incubou a plataforma Azure que com um alto suporte tecnológico permite às empresas colocar os seus engenheiros e analistas de dados a integrar linguagens já conhecidas como .Net, Java, Php, sendo ao mesmo tempo uma loja para vender os seus próprios produtos de transformação ou IA, tendo, neste caso concreto, uma vasta gama de ‘Cognitive Services’ que se podem adaptar à necessidade de cada empresa. Com toda esta oferta este novo tipo de serviços permite a flexibilidade necessária para que ninguém fique de fora apesar da sua especialidade tecnológica.
Além disso, conseguem também aliar a isto a escalabilidade do volume de dados correspondente ao seu negócio, sendo esta flexibilidade de volume ou de tecnologia de desenvolvimento que permite a estas plataformas terem tanto sucesso e serem tão rapidamente absorvidas por um mercado que já estava em andamento.
Após um processo de recolha e tratamento, as ferramentas de visualização de dados presentes no mercado permitem com pouco esforço aos gestores conseguirem ter uma visão clara e customizável dos dados recolhidos. Respondendo a perguntas como “qual a tendência de mercado dos próximos 5 anos?”, “quais as características que os utilizadores mais estão a valorizar?”, “em que zona geográfica temos quebras de serviço?”, “conseguimos prever a próxima tendência de mercado?”.
Estes auxiliares servem quase como uma bengala na análise que os gestores têm de fazer, ajudando-os assim a elevar e a ter uma visão mais clara dos dados relevantes da imensidão de informação com que são envolvidos.
Prevê-se para os próximos anos uma tendência de desenvolvimento de algoritmos, cada vez mais autónomos, que irão permitir definir tendências e a realizar uma aprendizagem automática dos caminhos a seguir. Uma necessidade que as ferramentas de análise e visualização de dados que existem no mercado estão, com cada evolução, a procurar responder. Estamos a assistir ao início da Era em que a inteligência artificial e os algoritmos de decisão vão contribuir para automatizar a nossa vida e a das empresas que nos rodeiam.
(*) EPM Consultant at GSTEP
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