
Por David Amorín (*)
Em Portugal, como em tantos outros países europeus, a maioria do tecido empresarial é composto por pequenas e médias empresas – mais de 99%, segundo dados da Associação Portuguesa de Comércio e Marketing (APCMC) em 2023. São empresas com talento, ambição e uma forte vocação de serviço. No entanto, têm recursos limitados, equipas reduzidas e, em muitos casos, dúvidas legítimas sobre como avançar na sua digitalização.
A cloud tem sido apresentada há anos como uma promessa transformadora: com mais flexibilidade, menos custos operacionais, acesso a partir de qualquer lugar e uma infraestrutura escalável, sem grandes investimentos iniciais. E essa promessa é real. Muito mais porque falamos de pequenas e médias empresas (PME), que costumam operar com equipas reduzidas e, na maioria dos casos, sem departamento de informática (TI).
A transição para a cloud pode parecer um desafio demasiado complexo nestes contextos – e piora quando são empresas que trabalham com orçamentos apertados – mas é nesse sentido de missão que aparecem as empresas tecnológicas. Não como simples fornecedores de serviços, mas como facilitadores da mudança.
A questão não está apenas na tecnologia em si, mas sim na forma como é entregue, explicada e gerida. Para as PME, o valor está em soluções eficazes e fáceis de usar – com apoio técnico local e sem processos burocráticos nem termos técnicos complexos. Mas para que essa transformação seja possível e sustentável, é essencial que estas empresas tecnológicas consigam obter margens de lucro atrativas na comercialização de serviços cloud. A cloud para PME deve ser acessível também a quem a revende e implementa. Como tal, as empresas de TI devem posicionar-se como missionários para que a revolução exista, de uma vez por todas.
As falhas não têm horas marcadas e é por isso que o apoio técnico a toda a hora é uma necessidade – e não um luxo. Assegurar que as operações não são interrompidas permite que as PME mantenham a produtividade e a segurança.
A tecnologia não deve ser um privilégio reservado às grandes corporações. Se queremos um ecossistema empresarial mais forte, mais competitivo e mais resiliente, temos de garantir que as ferramentas-chave estejam ao alcance de todos. A cloud tem de ser uma aliada real para as PME – e isso só será possível com um ecossistema forte de parceiros tecnológicos capacitados, rentáveis e apoiados.
(*) CEO Jotelulu
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