No último ano, as vendas de smartphones de gama de entrada cresceram mais do que as vendas em todos os outros segmentos do mercado. Foram vendidas 30 milhões de equipamentos com preços inferiores a 150 dólares, aumentando o número total de vendas de 30 para 90 milhões, entre o primeiro trimestre de 2023 e o mesmo período de 2024. É um avanço que representa um crescimento de 33%.
Uma análise da Omnia verificou ainda que os equipamentos ultra low-cost, por sua vez, cresceram 87%, com as vendas a passarem de 18 milhões de unidades entre janeiro e março de 2023, para 34 milhões em 2024. Neste escalão estão os equipamentos com preços abaixo dos 90 dólares.
O segmento de gama alta, com equipamentos acima dos 600 dólares, também cresceu, passando de 70 para 73 milhões de unidades vendidas entre janeiro e março de 2023 e o mesmo período de 2024. Um dos responsáveis por esta boa performance do segmento será o Galaxy S24. Desde que lançou o modelo em janeiro, a Samsung expediu para as lojas 14,3 milhões de unidades, mais 30% que com o antecessor.
Explica-se que o espaço de crescimento para estes segmentos foi aberto por mudanças no comportamento dos compradores de gama média, que tipicamente gastam entre 151 e 600 dólares num smartphone. Neste último ano, muitos terão mudado de padrão e renovado os seus equipamentos para modelos mais caros ou mais baratos do que aquele intervalo. A procura de equipamentos de gama média caiu em 2 milhões, de 109 milhões para 107 milhões.
A Omnia recorda ainda que nos mercados emergentes o ciclo de substituição dos equipamentos é mais curto do que nos mercados mais maduros, porque os equipamentos mais baratos tendem a ter um período de suporte menor, quer em termos de segurança quer de atualização do sistema operativo. Este ritmo de substituições também terá o seu impacto nos números globais e num mercado onde os países emergentes têm um peso cada vez maior.
Assinala-se, por outro lado, que este ano tem-se verificado também uma descida no preço médio anunciado dos equipamentos móveis até 2,0%, que terá sido mais vincado nos Estados Unidos, com uma descida de 3,8%, segundo a IDC.
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