Sábado passado o Booster 1058 completou o seu voo 19 com sucesso sem nada que fizesse prever que aquela seria a sua última viagem. Como de costume, o propulsor recordista de 42,1 metros de altura fez a parte mais difícil de regressar e pousar com segurança numa plataforma no Oceano Atlântico. E tudo correu bem até à parte de regressar a terra.
Enquanto navegava de volta à base, condições meteorológicas extremas caraterizadas por ondulação e ventos fortes fizeram com que o propulsor dos foguetões Falcon 9 tombasse e que uma das suas partes caísse no mar.
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A situação foi partilhada pela própria SpaceX nas redes sociais, com Kiko Dontchev, VP of Launch da empresa para o espaço a reagir “com deceção e tristeza”, relatando que a queda terá ocorrido porque obter o conjunto de condições ideais de pouso faz com que as pernas tenham carga irregular e o vento forte e a ondulação podem ter feito com que o propulsor oscilasse e deslizasseos.
O responsável acrescenta que os propulsores Falcon 9 mais recentes já têm pernas de pouso melhoradas, projetadas para manter o foguetão em pé em condições inóspitas.
Ainda assim, Kiko Dontchev rematou a questão afirmando que a SpaceX iria “pegar nos limões e fazer limonada” e aprender o máximo possível com o legado deixado pelo propulsor.
O Booster 1058 voou pela primeira vez em maio de 2020, para transportar os astronautas Bob Behnken e Doug Hurley até à Estação Espacial Internacional. Este foi o primeiro voo lançado a partir de solo norte-americano, depois do programa space shuttle ter sido suspenso, em 2011, e a primeira missão tripulada de todas da SpaceX.
Naquela que acabou por ser a sua viagem final, o propulsor ajudou a dar boleia a 23 novos satélites do serviço de internet Starlink. Nos últimos três anos e meio, ao longo dos seus 19 voos, conduziu mais de 860 satélites até ao espaço.
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