O Reino Unido está a levar a cabo uma nova investigação acerca do impacto da utilização de equipamentos da Huawei na infraestrutura de redes 5G. A decisão poderá levar à eliminação dos equipamentos da empresa de toda a rede britânica de telecomunicações até 2023.
Em declarações ao The Guardian, um porta-voz do Governo de Boris Johnson indicou que a investigação surge após o Governo de Donald Trump ter anunciado novas restrições à fabricante chinesa. O Executivo do Reino Unido receia que a Huawei recorra a equipamento e componentes cujo nível de segurança ainda não foi testado devido às novas sanções norte-americanas. “O National Cyber Security Centre está agora a avaliar cuidadosamente o impacto nas redes britânicas”, esclareceu o porta-voz.
Em janeiro deste ano, o Reino Unido deu “luz verde” à implementação de equipamentos da Huawei nas infraestruturas 5G, mas impediu-a de aceder às áreas cruciais da rede, podendo apenas ter uma participação de 35% nas partes de baixo risco. Além disso, o Governo de Boris Johnson impôs limitações de forma a que as operadoras de telecomunicações não fiquem dependentes de apenas uma empresa tecnológica.
Recorde-se que, ainda antes da aplicação de novas restrições pelos Estados Unidos, Simon McDonald, chefe do serviço diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros, tinha dado a garantia de que o acordo entre Reino Unido e Huawei era uma "decisão firme" e não deveria ser repensada.
Na altura, acreditava-se que uma proibição total da Huawei significaria que o território britânico enfrentaria dificuldades a nível de desenvolvimento da rede 5G. O Reino Unido afirmava também que dispunha dos meios tecnológicos necessários para proteger o país de possíveis situações de espionagem.
As novas restrições à Huawei estabelecem a proibição definitiva de empresas em todo o mundo de fornecerem tecnologia e software americano que contribuam para o design e produção de chips para a Huawei e outras empresas chinesas. Na mesma semana que foram anunciadas, o Departamento do Comércio dos Estados Unidos revelou que vai adicionar mais 33 empresas e organizações chinesas à lista negra de entidades que não podem fazer negócios com os Estados Unidos.
Das 33 organizações, nove delas serão colocadas na lista negra por serem "cúmplices de violações e abusos dos direitos humanos" na China, assim como por detenção arbitrária em massa e trabalho forçado. Em destaque está ainda a vigilância tecnológica contra minorias no país, como a que foi feita ao grupo muçulmano da região autónoma de Xinjiang.
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