No final do ano existiam em Portugal 4,5 milhões de clientes do serviço de telefone fixo, mais 54 mil do que no mesmo período do ano passado. Para a Anacom, que divulga os dados, o avanço explica-se com a evolução também registada na adoção de serviços em pacotes. Os mesmos dados mostram que o parque de acessos telefónicos principais atingiu os 5,5 milhões, também no final do ano, num crescimento de 1,2% que se deve sobretudo ao avanço dos acessos através de redes de fibra e TV por cabo.
A fibra representa 92,1% dos acessos fixos, continuando a crescer, embora a uma taxa mínima (2,2 pontos percentuais), enquanto o número de acessos analógicos caiu 26,7% e representava no final do ano apenas 4,6% do total de acessos.
A taxa de penetração dos acessos telefónicos principais era no final do ano de 52,6 acessos por 100 habitantes, enquanto a taxa de penetração dos acessos instalados a pedido de clientes residenciais avançou para 97,6 por 100 agregados domésticos.No entanto, também se verificou que 48,6% das famílias com serviço fixo de telefone preferiam não utilizar o serviço, como mostraram os resultados do Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias, do Instituto Nacional de Estatística.
No final do ano passado, estavam instalados 10 mil postos públicos, menos 21,7% que no final de 2022. O tráfego nestes postos públicos também diminuiu - os minutos de conversação caíram 24,0%.
O volume global de minutos originado na rede fixa também seguiu a mesma tendência e caiu 16,2% no último ano. As chamadas fixo-fixo são as que continuam a reduzir mais o número de minutos falados. Cada utilizador, em média, consumiu por mês 39 minutos de comunicações fixas por acesso, dos quais 27 minutos foram chamadas fixo-fixo, 8 minutos chamadas fixo-móvel e 2 minutos chamadas internacionais.
Por operadores, a MEO lidera, com uma quota de 41,7%, seguida pela NOS com 34,1%, Vodafone com 20,9% e NOWO com 2,5%.
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