
Desafiar empresas, startups e programadores a explorar APIs 5G para criar soluções tecnológicas inovadoras: é este o objetivo do MEO 5G API SPRINT, cuja primeira edição selecionou três vencedores, Aircomlink, PluggableAI e NTT Data, com propostas concebidas para áreas como segurança digital, o entretenimento e serviços financeiros.
Além de receberem prémios de 5.000 euros, os vencedores terão a oportunidade de apresentar as suas soluções na próxima edição do Web Summit em Lisboa e de acederem gratuitamente à plataforma de APIs da MEO por um ano para continuarem a desenvolver as suas soluções.
Ao SAPO TEK, Carlos Bouça, Diretor de Engenharia e Operações da MEO, faz um balanço positivo da iniciativa. “Esta primeira edição do 5G API Sprint superou as nossas expectativas ao atrair um ecossistema diversificado de empresas, startups e programadores, todos focados em explorar as potencialidades das nossas APIs 5G”, afirma.
Nas suas palavras, os projetos apresentados refletem “dinamismo e a capacidade do mercado nacional para criar soluções verdadeiramente inovadoras”, com os três vencedores, Aircomlink, PluggableAI e NTT Data, a destacarem-se “pelo impacto e diferenciação das suas propostas”.

Como explica Carlos Bouça, as APIs 5G “estão a revolucionar a forma como empresas e programadores utilizam a rede móvel, permitindo desenvolver soluções mais avançadas, flexíveis e personalizadas”, mas também aproveitar “o poder das redes dos operadores para resolver problemas em diversas áreas”
“Estas tecnologias trazem oportunidades inovadoras para setores como mobilidade urbana, cibersegurança, gaming, fintech e IoT. Além disso, ao integrarem IA e Machine Learning, as soluções tornam-se mais eficientes, autónomas e adaptáveis às necessidades do utilizador”, realça o responsável.
A combinação entre Inteligência Artificial, Machine Learning e APIs 5G está em destaque nos projetos vencedores, numa convergência que Carlos Bouça descreve como “um avanço essencial na digitalização dos serviços”.
No caso do 5G API SPRINT, a MEO disponibilizou APIs standard de rede CAMARA que “facilitam a integração com infraestruturas globais através da GSMA Open Gateway Initiative”, conta Carlos Bouça.
A parceria com a GSMA Open Gateway “fortalece um ecossistema global de APIs que operam entre si, permitindo que startups e empresas acedam a infraestruturas avançadas para desenvolver aplicações de nova geração”, defende.
Ao permitir que as soluções desenvolvidas sejam “escaláveis a nível global”, a parceria representa também um papel importante no acelerar da inovação e da transformação digital em Portugal, realça o responsável, acrescentando que esta é uma área onde a MEO quer consolidar a sua posição, promovendo um “ecossistema digital mais inteligente, eficiente e seguro” e impulsionando a sua internacionalização.
APIs 5G: Da segurança digital ao entretenimento
Para a Aircomlink, a experiência de participar no MEO 5G API Sprint foi enriquecedora, permitindo validar a sua visão junto de especialistas e parceiros de referência, conta Nuno Marques, fundador e CEO, ao SAPO TEK.
A distinção recebida na primeira edição do programa é, para a empresa, um “reconhecimento importante”, além de reforçar a motivação para “acelerar o impacto do PLUG-5G no mercado”, destaca o responsável.
Descrito como uma plataforma concebida para transformar eventos de rede disponibilizados pelas APIs em fluxos de trabalho automatizados, atuando como middleware, o projeto PLUG-5G recorre a IA e Machine Learning para realizar análises preditivas, detetar anomalias e prevenir fraudes bancárias.
A empresa espera que a solução desenvolvida “acelere a adoção das Network APIs, facilitando a criação de soluções inovadoras e impulsionando a monetização do 5G”. Como explica Nuno Marques, o objetivo passa por “posicionar-se como referência no-code para o setor” e “os próximos passos incluem expansão internacional e integração contínua de novas APIs e funcionalidades”.
Já no campo do entretenimento, o projeto Fanmeter, desenvolvido pela PluggableAI, ambiciona transformar a interação entre marcas, fãs e eventos através de sensores de smartphones e IA, medindo ligações emocionais em tempo real e integrando APIs de Location Verification e Location Retrieval.
Bruno Fernandes, fundador e CEO da PluggableAI, conta que o projeto surgiu da necessidade de valorizar e reconhecer o papel dos fãs e adeptos em eventos. “Os fãs são, na verdade, a chave e a alma de qualquer evento - sem fãs não há evento - e, atualmente, existe uma lacuna clara no carinho e reconhecimento que é dado”, detalha.
A PluggableAI acredita que a ligação emocional que existe entre os fãs/adeptos e os eventos “merece ser reconhecida”, motivo pelo qual a Fanmeter serve para premiar, por exemplo, “o adepto que mais vibrou e apoiou a sua equipa ou o festivaleiro que mais dançou e celebrou durante um concerto”.

“Ao transformar a experiência do adepto, criamos novas oportunidades para fidelização e monetização”, afirma Bruno Fernandes, realçando que, na solução, não são usados dados pessoais, com a experiência a ocorrer dentro das apps oficiais dos clubes ou festivais para simplificar a integração.
O responsável conta que a tecnologia desenvolvida está "em processo de expansão, não só para vários países do mercado Europeu, mas também para a América do Norte e América do Sul”.
Às soluções da Aircomlink e PluggableAI junta-se o projeto RIsk Analysis and Anti-Fraud. Como explica Pedro Ricou, Cloud & IT Strategy Director da NTT DATA Portugal, a solução quer dar “resposta à necessidade de melhorar a segurança financeira de transações online, pela deteção de fraudes em setores como o financeiro e o dos seguros”.
Ao combinar APIs Open Gateway com IA generativa foi possível desenvolver um projeto que “integra dados em tempo real, de várias fontes, para fazer avaliações de risco precisas e prevenir atividades fraudulentas”.
Aqui, “APIs chave como SIM Swap, Device Location, Number Verification e Device Swap são usadas para recolher dados em tempo real e criar gémeos digitais dos clientes”, detalha Pedro Ricou. Ao fornecerem informação mais precisa e abrangente, os gémeos digitais permitem melhorar o processo de análise de risco, avança o responsável.
Agora, os próximos passos envolvem “refinar ainda mais a solução”, incorporando novas fontes de informação e melhorando a integração de tecnologias como IA e APIs 5G, para aumentar a eficácia e expandir a sua aplicação a outros setores.
Conectividade como motor de inovação
Com o setor das telecomunicações em constante evolução, acompanhando o ritmo das mudanças tecnológicas, Carlos Bouça afirma que a visão da MEO passa por apostar na inovação e no desenvolvimento tecnológico.
O 5G é um dos pilares desta estratégia, mas, como realça o responsável, “não está sozinho”. “Além das APIs 5G, estamos a investir fortemente em Inteligência Artificial, Machine Learning e nas comunicações quânticas, criando um ecossistema aberto e colaborativo”, afirma.
Neste contexto, o “apoio à inovação e ao empreendedorismo continuará a ser uma prioridade para a MEO”, num compromisso que passa por reforçar o apoio a startups e à inovação aberta, “acelerando a adoção de tecnologias emergentes e criando sinergias que impulsionem o ecossistema digital”.
“Queremos que empresas e programadores tenham acesso às melhores ferramentas para desenvolverem soluções que maximizem eficiência, segurança e personalização dos serviços digitais, afirma Carlos Bouça.
Para tal, a MEO conta com iniciativas como o ENTER, o programa de inovação aberta da Altice Labs, assim como com parcerias com incubadoras e aceleradoras. Além do investimento na tecnologia, a “promoção da simplificação regulatória, no desenvolvimento de talentos e na ligação entre academia, centros de investigação e startups” é também outra das apostas com vista à criação de “um ambiente propício ao avanço digital”.
“O nosso compromisso é transformar a conectividade em algo mais do que uma infraestrutura: queremos que seja um motor de inovação para todo o ecossistema digital”, realça o responsável.
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