Não há grandes novidades a apontar no 144º dia da fase principal do leilão para atribuição das licenças 5G em Portugal, que já decorre desde 14 de janeiro de 2021. Apesar de estarem a concurso as faixas dos 700 MHz, 900 MHz, 2,1 GHz, 2,6 GHz e 3,6 GHz, o interesse dos operadores que participam no procedimento voltou a centrar-se nos lotes da gama J, com faixas de espectro dos 3,6 GHz, nativas do 5G e que permitirão maior densidade de equipamentos e maior velocidade.
Foram 12 as rondas realizadas quando já estamos no sétimo mês do leilão que já bateu todos os recordes de duração, mas não de rentabilidade. Hoje as licitações voltaram a ser feitas pela margem mínima, de 1 e 2% e no total as melhores propostas somaram 708 mil euros.
Na fase principal do leilão o encaixe potencial é já de 344,7 milhões de euros, mas somada a fase dos novos entrantes o valor de atribuição de licenças já ultrapassa os 429,1 milhões de euros, mais 148 milhões do que o que tinha sido estimado nos valores avançados pela Anacom aquando da apresentação das regras do concurso em 2019.
Tudo indica que o leilão está ainda longe do fim, mesmo com a duplicação do número de rondas realizadas diariamente, até porque os operadores continuam a fazer incrementos de preço pela margem mínima. A Anacom já admitiu que pode também vir a alterar esta regra do regulamento, avisando que o atraso na atribuição de licenças é penalizador para a economia e a sociedade portuguesa, um ponto no qual os operadores móveis estão de acordo.
Mais de 1.000 rondas do leilão do 5G
Esta semana Alexandre Fonseca, presidente e CEO da Altice Portugal, recorreu ao LinkedIn para partilhar uma efeméride: já foram ultrapassadas as mil rondas no leilão do 5G.
"Portugal continua a sua caminhada interminável no 5G, para se posicionar como o ÚLTIMO país no 5G europeu. Hoje atingimos as Mil Rondas do Leilão 5G, ao longo dos últimos 8 meses (!), sendo já recordistas do ATRASO no lançamento da nova tecnologia móvel mundial.", escreve o gestor que não poupa críticas ao regulador.
"Lamentável a incompetência, a incapacidade e a impunidade do Regulador sectorial ANACOM, maior responsável pela grave situação do país neste dossier, com a complacência de quem pode e deve intervir e tornar público o que já diz "à porta fechada" sobre a preocupação e gravidade desta postura regulatória e em particular sobre o líder deste regulador", continua no post publicado.
Alexandre Fonseca lamenta que em período de férias, e ainda de pandemia, as regras impostas pela Anacom obriguem as equipas dos operadores a esforços adicionais. "Continuamos no Leilão com equipas presenciais há 8 meses no escritório, com turnos de 10h consecutivas, com problemas técnicos na plataforma tecnológica do Leilão, ela própria envolta numa nuvem de suspeição sobre o processo de aquisição", sublinha
Nota da Redação: Foi adicionada mais informação. Última atualização 19h37
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