Nas redes sociais, os utilizadores estão a partilhar fotografias e vídeos onde surgem contactos desconhecidos na lista telefónica dos clientes, guardados com o nome da operadora.

"A Vodafone esclarece que os números listados debaixo do contacto Vodafone que aparecem em algumas listas de contactos dos clientes pertencem todos à Vodafone", afirma a operadora de telecomunicações liderada por Mário Vaz.

"Decorrem de uma funcionalidade da APP My Vodafone, já existente, que permite ao cliente identificar a origem do número chamador associado a campanhas de marketing", acrescenta a empresa.

"O objetivo desta funcionalidade é dar aos clientes a possibilidade de atender, ou não, chamadas provenientes da Vodafone", explica ainda a operadora de telecomunicações.

"A disponibilização destes contactos, ao abrigo desta funcionalidade, não está relacionada com o ciberataque" e "caso os clientes não pretendam identificar o número chamador como Vodafone, podem apagar este contacto do telefone", remata.

A Vodafone Portugal confirmou ontem que a falha de serviço que afetou os seus clientes desde o dia 7 de fevereiro teve na sua base um ataque informático que foi classificado como um "ato terrorista" por Mário Vaz,CEO da empresa, em conferência de imprensa. A falha afetou todos os clientes de serviços Vodafone, particulares e empresariais, entre os quais a SIBS e o INEM.

Vodafone Portugal confirma que foi alvo de ciberataque "deliberado e malicioso"
Vodafone Portugal confirma que foi alvo de ciberataque "deliberado e malicioso"
Ver artigo

A Polícia Judiciária já tinha confirmado que estava a investigar o ataque de que a Vodafone Portugal foi alvo. Em conferência de imprensa, Carlos Cabreiro reforçou o trabalho da unidade de cibercrime, confirmando que a PJ estava a trabalhar com a Vodafone para apurar os factos relacionados com o ataque e que envolveu os Serviços de Segurança Interna.

Em linha com o que Lino Santos tinha adiantado em entrevista ao SAPO TEK, Carlos Cabreiro afirmou que ainda não era possível saber de forma concreta o que está subjacente ao ataque à operadora portuguesa. "Estamos a falar exclusivamente de um crime informático que uma operadora de comunicações foi vítima”, indicou, afastando a possibilidade de este ser um ataque ao país ou a outras organizações e que a operadora foi "único alvo".

A Vodafone estimava ter a situação recuperada até final da tarde de ontem e confirmou que iniciou o restabelecimento dos serviços base de dados móveis sobre a sua rede 4G.