"A Vodafone foi alvo de uma disrupção na sua rede, iniciada na noite de 7 de fevereiro de 2022 devido a um ciberataque deliberado e malicioso com o objetivo de causar danos e perturbações", adianta a Vodafone Portugal num comunicado enviado à imprensa esta manhã. A situação está a afetar a prestação de serviços baseados em redes de dados, nomeadamente rede 4G/5G, serviços fixos de voz, televisão, SMS e serviços de atendimento voz/digital.
Segundo o comunicado, "assim que foi detetado o primeiro sinal de um problema na rede, a Vodafone agiu de forma imediata para identificar e conter os efeitos e repor os serviços".
Já terão sido recuperados os serviços de voz móvel e os serviços de dados móveis estão disponíveis exclusivamente na rede 3G em quase todo o País. A empresa admite porém que "a dimensão e gravidade do ato criminoso a que fomos sujeitos implica para todos os demais serviços um cuidadoso e prolongado trabalho de recuperação que envolve múltiplas equipas nacionais, internacionais e parceiros externos". A recuperação deverá acontecer "progressivamente ao longo desta terça feira".
As falhas do serviço já acontecem desde ontem à noite, pelas 21 horas, e foram reportadas por milhares de clientes. O site Downdetector mostra a evolução das situações, com mais de 7,6 mil notificações no pico do problema.
A empresa admitiu as falhas generalizadas num tweet publicado pelas 22h42, mas só esta manhã confirmou que se trata de um ciberataque, adiantando porém que não há indícios de que os dados de Clientes estivessem em risco.
"Sendo certo que a investigação aprofundada do ato criminoso a que fomos sujeitos se irá prolongar por tempo indeterminado e com o envolvimento das autoridades competentes, não temos a esta data quaisquer indícios de que os dados de Clientes tenham sido acedidos e/ou comprometidos", refere o comunicado.
A empresa diz que continua "absolutamente determinada em repor a normalidade dos serviços no menor tempo possível e lamenta profundamente os transtornos causados aos nossos Clientes", referindo que na Vodafone Portugal e no Grupo tem "uma equipa experiente de profissionais de cibersegurança que, em conjunto com as autoridades competentes, está a realizar uma investigação aprofundada para perceber e ultrapassar a situação".
Promete ainda atualizar a informação sobre o estado do serviço à medida que a situação progrida.
Nas últimas semanas têm sido revelados vários ciberataques graves, começando pelo ataque à Impresa logo no início do ano, uma situação da qual a empresa que detém o Expresso e a SIC ainda não recuperou totalmente. Seguiu-se ainda o Parlamento e a Cofina esteve no último fim de semana com sites offline, mas sem identificar como causa um ciberataque.
A Vodafone Portugal não identifica os autores deste ciberataque, mas vários casos recentes terão como autores o Lapsus$ group, que em dezembro de 2021 também terá atacado vários serviços no Brasil.
Nota da Redação: A notícia foi atualizada com mais informação
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