Após a conclusão do processo de migração da TDT para a libertação da faixa dos 700 MHz que faz parte do leilão do 5G, a Anacom iniciou a 14 de dezembro do ano passado um conjunto de ações de monitorização com o objetivo de realizar uma verificação técnica da faixa em causa em todo o território nacional.

Em comunicado, a entidade explica que a ação teve o seu início no Alto Minho e Trás-os-Montes, nos distritos de de Bragança, Vila Real, Braga e Viana do Castelo: uma área geográfica que representa 15% do território nacional e que abrange 12% da população.

Devido à orografia e proximidade com Espanha, as zonas em estudo são de cobertura mais difícil. Assim, a análise espectral ganha uma maior importância, assegurando a inexistência de quaisquer interferências prejudiciais à implementação do 5G nestes locais e faixa.

De acordo com a Anacom, durante a primeira fase, realizou-se uma monitorização em cerca de duas centenas de locais, percorrendo mais de 2.600 Km e cobrindo capitais de distrito, sedes de concelhos assim como zonas mais isoladas do país, “de modo a garantir que a faixa 694/790 MHz (700MHz) esteja totalmente operacional para uso pelos operadores concorrentes ao leilão 5G, independentemente da zona geográfica em causa”.

Visualização espectral da faixa 700 MHz
A figura representa a visualização espectral da faixa dos 700 MHz sem sinais de interferência. Nela é possível observar os níveis de sinal (eixo vertical) assim como a faixa de frequências de análise (eixo horizontal); a cor verde indica os valores espectrais instantâneos e a vermelho os valores maximizados num determinado intervalo de tempo. créditos: Anacom

A iniciativa de monitorização da faixa a atribuir às redes de quinta geração será continuada nas próximas semanas e meses no restante território e nas regiões autónomas dos Açores e Madeira, assim como através da utilização das 18 estações de controle do sistema nacional de monitorização de espectro (SINCRER - Sistema Nacional de Controlo Remoto das Estações Radioeléctricas).