Na apresentação do mais recente relatório de contas, respeitante ao segundo trimestre de 2024, a operadora espanhola Telefónica revelou os seus planos para criar um novo consórcio ligado à fibra, desta vez com a Vodafone Espanha. Este é mais um dos movimentos que as principais operadoras do país têm criado para explorar os ativos de fibra ótica disponíveis. Anteriormente, a Vodafone e a Masorange tinham feito uma parceria semelhante.
Como avança o jornal El País, no novo consórcio, a Vodafone Espanha vai atribuir à nova empresa os ativos excedentários que ficaram de fora do anterior acordo com a Masorange. O acordo de intenção não vinculativo visa a criação de uma nova empresa conjunta para a partilha das redes de fibra ótica, estando neste momento a ser dados os primeiros passos para os termos definitivos.
Prevê-se que o novo consórcio possa abranger cerca de 3,5 habitações, em comparação do acordo Vodafone/Masorange que espera alcançar 11,5 milhões. Estes acordos têm como grande objetivo que as empresas maximizem a utilização da rede atual de fibra, no máximo de eficiência.
A nova empresa vai prestar serviços de fibra ótica e obter uma taxa de penetração de cerca de 40% das famílias que podem, potencialmente, contratar fibra. É ainda apontado que a respetiva participação das duas empresas será baseada no número de clientes de cada uma dentro da respetiva área de atuação.
Outro objetivo do consórcio é obter uma injeção de capitais de um terceiro investido para uma participação minoritária, o que permitiria aliviar financeiramente as duas operadoras. Espera-se que o acordo final seja assinado no início de 2025, depois da avaliação das entidades reguladoras.
No que diz respeito ao acordo entre a Vodafone Espanha e a Masorange, apesar da carta de intenções ainda ser confidencial e não vinculativa, o consórcio visa igualmente a entrada de um terceiro investidor. A Masorange vai controlar 50% e a Vodafone Espanha 10%, ficando os restantes 40% na posse da terceira empresa, num negócio a concluir no primeiro semestre de 2025.
Numa outra nota, o El País explica estes movimentos de acordos bilaterais entre as operadoras espanholas como forma ultrapassar as dívidas elevadas que enfrentam em Espanha. Isso deve-se à estagnação ou mesmo diminuição dos rendimentos no mercado, que é cada vez mais competitivo. As empresas não conseguem enfrentar sozinhos os elevados investimentos feitos nas redes de nova geração, seja para o 5G como fibra ótica.
A estratégia é partilharem as redes e respetivos investimentos. E há um terceiro acordo entre a Telefónica e a Masorange a ser negociado que pode ser anunciado em breve. Ou seja, existe uma triangulação de acordos bilaterais e não tripartido, para evitar impedimentos por parte da Autoridade da Concorrência do país e acusações de oligopólio.
Nesse sentido, as três grandes empresas, que são as únicas que detêm rede ótica em Espanha, pretendem partilhar as suas infraestruturas, em acordos separados. E têm abertura para a entrada de capitais de investidores independentes, resultando em empresas independentes, as chamadas FibreCos.
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