Nem mesmo a Apple fugiu ao atual abrandamento da procura de smartphones com o lançamento do iPhone 14. Anteriormente, dados da IDC indicavam que no segundo trimestre deste ano houve uma quebra abrupta de 8,7% na distribuição de smartphones, deve-se ao disparo da inflação e da incerteza económica global, causado pela invasão da Ucrânia e a crise dos combustíveis, levando as pessoas a reduzirem os seus gastos e a um crescimento dos stocks das empresas. Ainda assim, segundo a Counterpoint, a margem de lucro das fabricantes entre abril e junho aumentaram 6%, com a Apple a liderar nos lucros do mercado, tendo mesmo arrecadado 80% desse bolo.
Estes resultados levaram a Apple a ter confiança para o lançamento do iPhone 14, mesmo num cenário de recessão do mercado. O objetivo da empresa era aumentar a produção dos novos smartphones este ano, algo que poderá não se materializar. A procura dos novos equipamentos terá ficado aquém das expetativas, segundo pessoas ligadas ao tema, citadas pela Bloomberg. A gigante tecnológica já terá pedido aos seus fornecedores para abrandarem os esforços de aumento de produção previsto, num corte de cerca de 6 milhões de unidades para esta segunda metade do ano.
Veja na galeria imagens do iPhone 14:
Nesse sentido, a fabricante espera produzir 90 milhões de unidades neste período, estando em linha com o mesmo número do ano passado e com as previsões iniciais da empresa estabelecidas durante o verão.
Curiosamente, apesar da crise no sector, os modelos mais caros, da família Pro, estão a vender melhor que as suas versões standard. Há mesmo uma das fábricas que vai mudar a capacidade de produção dos modelos mais baratos para as versões Pro.
Um analista da Bloomberg afirma não estar surpreso com as previsões de quebra de produção, acreditando que a fraca procura de equipamentos na Europa e China vão afetar as vendas gerais do iPhone no ano fiscal de 2023.
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