Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, que iniciará o seu segundo mandato a 1 de dezembro, destacou a necessidade de a Europa “escalar” as suas startups. Durante um discurso no Parlamento Europeu, antes da aprovação do seu novo “colégio de comissários”, von der Leyen afirmou que a competitividade da União Europeia depende de fechar uma “lacuna de inovação”.

A responsável sublinhou que, apesar de a Europa estar ao nível dos EUA e da China em candidaturas a patentes, apenas um terço é comercialmente explorado. "Somos tão bons como os EUA a criar startups, mas falhamos em fazê-las crescer. Precisamos de fechar essa lacuna", alertou.

Para isso, a Comissão irá focar-se em apoiar startups a escalarem, reduzir burocracias e atrair mais investimento privado.

Pela primeira vez, foi criada uma posição de comissária dedicada às startups, ocupada por Ekaterina Zaharieva. Além disso, Henna Virkkunen terá a missão de impulsionar tecnologias emergentes, enquanto a portuguesa Maria Luís Albuquerque, com a pasta dos serviços financeiros, liderará a nova União de Poupança e Investimento, para garantir que empresas europeias encontram capital dentro do espaço comunitário.

Von der Leyen destacou que o investimento privado em investigação e desenvolvimento na Europa é apenas 1,3% do PIB, comparado a 1,9% na China e 2,4% nos EUA. Para melhorar, prometeu reformar o sistema financeiro e simplificar regulações que dificultam o crescimento das empresas.

Valdis Dombrovskis será responsável por introduzir novas leis que simplifiquem as regras em diversos setores, tornando mais fácil para empresas operarem.

"Precisamos de voltar ao que o Mercado Único faz melhor: facilitar negócios em toda a Europa", afirmou Ursula von der Leyen.