A informação ainda não está oficialmente confirmada, mas tudo indica que a empresa sueca Spotify comece a listar as suas ações na bolsa de Nova Iorque a partir de 2 de abril. A informação é avançada pela Bloomberg que cita fontes próximas.

Quando efetivamente acontecer, a entrada em bolsa da plataforma de streaming será diferente do tradicional. Isto porque a empresa não pretende emitir novas ações nem levantar capital com a operação. Em vez disso, vau fazer uma colocação direta, ou seja, serão os acionistas já existentes a disponibilizarem as suas ações aos possíveis investidores.

Spotify registou perdas de 1.235 milhões de euros em 2017
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De acordo com a Bloomberg, nas próximas semanas serão intensificados os encontros com investidores para preparar a operação, nomeadamente para combater a incerteza que este tipo de abordagem pode suscitar. Para a próxima quinta-feira está agendado um investors day, em que serão apresentadas as perspetivas da plataforma de streaming para o futuro.

No início de março, quando fez a sua candidatura para dar início ao processo que lhe vai permitir entrar na bolsa de valores de Nova Iorque enquanto empresa cotada, o documento que disponibilizou mostrou os números da plataforma.

Um dos indicadores revelava que o Spotify tem registado perdas significativas, pelo menos, desde 2015. O valor tem vindo a crescer substancialmente, sendo que, em 2017, as perdas ascenderam a 1.235 milhões de euros, apesar dos 4.090 milhões de euros em receitas nesse mesmo ano. Em 2016 as perdas foram de 539 milhões de euros (2.952 milhões de euros em receitas) e, no ano anterior, de 230 milhões de euros (1.940 milhões de euros em receitas).

No entanto, a base de subscritores do serviço tem crescido proporcionalmente à despesa. De acordo com a tecnológica, o número de assinantes pagos está a subir "muito mais rápido" do que o número de utilizadores gratuitos, cujos planos são rentabilizados com a ajuda de publicidade. Atualmente, a plataforma conta com 159 milhões de utilizadores ativos todos os meses e a média de utilização é de 25 horas de conteúdos por cada conta.