A E3 tem vindo a perder a força e a importância para a indústria dos videojogos, sobretudo nos últimos anos devido à pandemia de COVID-19. A ineficácia da organizadora ESA em se adaptar ao digital, que riscou totalmente a edição de 2022, reforçou os diferentes eventos a se posicionaram como montras para mostrar novidades no gaming: o Summer Games Fest, o Gamescom Opening Night Live e o Game Awards são atualmente os principais palcos de apresentações.
A ESA já tinha agendado o grande regresso físico ao Los Angeles Convention Center, entre os dias 13 e 16 de junho, o primeiro evento em quatro anos. E promete dividir os dias do evento entre a indústria e os entusiastas de videojogos com a abertura ao público geral, procurando oferecer uma melhor experiência a todos os intervenientes. Entre os dias 13 e 15 de junho decorre os chamados Business Days, permitindo o acesso apenas a quem está ligado à indústria, servindo para promover contactos e dar a experimentar as novidades. Já os dias 15 e 16, o espaço é aberto ao público, os Gamers Days, para que todos possam aceder em primeira mão às demonstrações das editoras. E a partir de 11 de junho, o evento terá ainda um conjunto de eventos digitais.
Apesar da intenção do regresso em força, a E3 poderá ficar "assombrada" com a ausência das três principais fabricantes de consolas: a Sony, a Nintendo e a Microsoft Xbox, segundo reporta o IGN. A publicação obteve informações de diferentes fontes ligadas às fabricantes e garante que os seus planos de divulgação de novidades não passam pelo evento físico em Los Angeles.
A grande surpresa é mesmo a Xbox, que tem sido a última das três fabricantes a manter uma presença assídua na E3. E mesmo que Phil Spencer, o líder da Xbox, tenha garantido que iria estar presente em Los Angeles para o seu showcase anual de videojogos, recusou dizer se iria fazer parte integral do evento. Em declarações à própria IGN, o patrão da Xbox afirmou que estava a alinhar o timing do seu evento com a E3 num momento conveniente para a imprensa e consumidores no evento. Mas isso poderá apenas significar que a Xbox venha a fazer uma conferência no evento (ou no digital), mas sem ter fisicamente um stand de demonstrações durante os dias da E3, como no passado.
No caso da Nintendo, a fabricante da Switch há muitos anos que deixou de fazer conferências na E3, preferindo as suas Direct digitais onde mostra as novidades ao longo do ano. No entanto, a Nintendo sempre manteve presença com o seu stand (conhecido como Tree House) onde mostrava as suas novidades. A IGN também ouviu fontes que confiram que a Nintendo alegadamente não vai estar presente este ano na E3.
Sem surpresa, a Sony também não vai embarcar na próxima edição da E3, recordando que a ausência da dona da PlayStation data da edição 2019, a última realizada fisicamente antes da pandemia. Neste caso, desentendimentos com a ESA ditaram o afastamento da fabricante japonesa.
A IGN aponta ainda que a organização do evento está este ano a cargo de uma empresa chamada ReedPop (responsável pela PAX) e que os contactos com os diferentes players da indústria não estão a correr como o previsto. Desde os contactos tardios com promessa de reservar as áreas em dezembro ainda não terem sido feitas. As fontes da publicação dizem que a faltar seis meses para a E3 ainda existe muita falta de informação. Essa hesitação está a deixar muitas das editoras participantes em geral numa posição de esperar para ver como se desenrola, e parece que ninguém quer dar o primeiro passo neste novo formato.
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