A portuguesa iServices abriu a sua primeira loja de reparações e venda de equipamentos móveis, fora de Portugal. É em Tenerife, nas Canárias. Bruno Borges, CEO da empresa, explica ao SAPO TEK que a decisão de investir numa loja nas Canários reflete a boa experiência da marca nos mercados insulares dos Açores e da Madeira.

Estes são mercados onde os utilizadores estão habituados a ter de esperar muitos dias - por vezes semanas - para solucionar problemas do dia-a-dia, já que estão sempre sujeitos aos transportes aéreos e marítimos para a chegada de peças ou matérias-primas, destaca a iServices.

A empresa foi para as ilhas com uma aposta forte num aprovisionamento logístico que permitisse dar a resposta na hora à maioria dos problemas dos smartphones, tablets e computadores. As Canárias estão numa situação idêntica à da Madeira e Açores e isso justificou a decisão de investimento.

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Bruno Borges defende que, também este mercado, representa “uma oportunidade enorme para empresas com uma logística bastante organizada e com muita disponibilidade de stock”. No caso, a iServices trabalha com um stock de mais de 100.000 peças de reparação e uma fatia desse stock vai estar na nova loja.

Este é o primeiro investimento no arquipélago das Canárias, mas não deve ser o único. A empresa conta com uma boa aceitação do serviço e já tem planos para abrir mais lojas em Tenerife e noutras ilhas Canárias.

No plano da internacionalização, o trabalho da iServices passa também por continuar a explorar oportunidades noutros países, numa altura em que já exporta produtos para cinco geografias: Espanha, França, Bélgica, Alemanha e Itália. Em Portugal, a iServices (detida pela Worten desde 2019) conta com 40 lojas e conta este ano abrir mais 10, em cidades onde ainda não tem representação física.

A reparação de smartphones continua a ser o grande foco da empresa, mas as vendas de equipamentos recondicionados (iPhones, Macbooks, iPads e Apple Watch) e de acessórios da sua marca própria, como cabos, carregadores, capas, gadgets e outros acessórios tèm vindo a aumentar. “Atualmente, as duas áreas principais representam, cada uma delas, 50% da nossa faturação”, refere Bruno Borges.

Em 2022, a empresa quer crescer a um ritmo de 30%, ordem de grandeza que já traz de anos anteriores. Quer também continuar a “desenvolver soluções focadas no conhecimento e na proximidade com os clientes”, revela ainda Bruno Borges.