Na abertura do Innovation Summit World Tour 2022, o CEO da Schneider Electric, Jean-Pascal Tricoire salientou a sua perspetiva sobre os desafios que o mundo enfrenta e a sugestão de soluções práticas e tecnológicas para o tornar melhor. O responsável refere que nos últimos anos houve mais problemas, como a pandemia, questões geopolíticas e falta de componentes, que dificultaram a vida das pessoas. A empresa diz que é preciso medidas para combater as emissões de carbono e fazer as mudanças necessárias para ajudar o meio-ambiente a recuperar.
A redução do consumo de energia é a prioridade, sendo necessário reduzir em 25% para alcançar os objetivos. E acrescenta que é preciso aumentar em 30% a utilização de eletricidade, sendo o principal passo para a descarbonização. A tendência do mundo é apenas a oferta, diz Jean-Pascal Tricoire, mas isso é parte da solução. É preciso otimizar a eficiência energética e que muitas das nossas decisões levam a desperdiçar energia e isso tem de mudar, pois tem um grande impacto no mundo, refere o CEO da empresa.
Aquilo que se fizer até 2030 é o que contará e é necessário acelerar estas decisões. Diz que apenas 8% das empresas estão a apresentar soluções eficazes de sustentabilidade. Há muitos desafios pela frente, entre eles a disponibilidade de dados, regulamento, tecnologia, integração de estratégias, entre outros. Mas a empresa está convencida que ainda há tempo para acertar as agulhas dos objetivos, através da junção do digital com a eletrificação, e que esta seja verde e inteligente para um mundo mais sustentável.
Sobre o digital, Jean-Pascal Tricoire prevê seis vezes o crescimento de equipamentos IoT entre 2020 e 2030 e no mesmo período oito vezes mais computação. Por isso é necessário haver mais compensação e otimização energética quantos mais equipamentos estiverem conectados. A empresa diz que tem trabalhado nos últimos 20 anos na integração de soluções. Começando pela automatização da energia, seguindo-se a verticalidade do end point que tem de estar ligado à cloud, fornecendo total transparência aos clientes da sua instalação. O design e construção dos produtos integrados nas operações e manutenção. E por fim, a oferta mais verde e sustentável dos seus produtos.
Mas diz que a empresa não opera sozinha, existem inúmeros sistemas adicionados às casas das pessoas. A empresa diz que tem vindo a tentar unificar num hub de dados toda essa a informação, independentemente do fornecedor, seja de energia, dados, e outras necessidades das pessoas. Tudo é colocado numa hub de dados com uma arquitetura IoT Plug & Play.
Na prática, isso significa que o metaverso e o físico se fundem nas soluções da empresa. A Schneider Electric acredita que o metaverso pode resolver grande parte dos problemas do mundo real, através da criação de um gémeo digital que possa simular e prever o que vai acontecer a seguir, tornando-se mais eficiente e sustentável. Os treinos no espaço de realidade virtual são mais seguros do que no mundo físico, defende. Com isto, nasce a Enterprise Metaverse, que a Schneider Electric crê ser o futuro da indústria.
Afirma que se abrem inúmeras possibilidades para aumentar a eficiência e produtividade. Um dos seus parceiros, a Henkel, introduziu as suas aplicações e acesso a centros de dados, tendo aumentado a sua eficiência. A evolução do 5G, que reduz a latência de acesso aos dados, permite oferecer centros de dados Edge, juntamente com centros locais de dados. Isso reduz elevadas percentagens de energia, afirma. Os sistemas da Schneider Electric permitem gerir e monitorizar ao pormenor o consumo de energia e se necessário mudar os planos de eletrificação.
O objetivo é reduzir o carbono e a empresa diz que é possível fazê-lo através da eficiência tanto da utilização da energia como do fornecimento. Os veículos elétricos são a parte mais visível da descarbonização, mas o CEO da empresa salienta que isso só acontece se as fontes de energia que os alimentam forem igualmente descarbonadas. A digitalização permite tornar os sistemas mais dinâmicos e oferecer os recursos necessários. Dá o exemplo que ao informar os clientes de um sistema de aquecimento que não vai precisar de o manter ligado, pode canalizar essa energia para outros lugares onde seja realmente necessário.
A empresa quer ser a estação de serviço no quintal das casas das pessoas, onde estas carregam os seus automóveis de forma natural. Ensinar as pessoas como poupar, mas sobretudo, como armazenar energia é uma das missões da empresa. E ao minimizar os gastos, também se reduz as emissões. A utilização das diferentes tarifas energéticas disponíveis, ter um conselheiro de energia, mas também preparar a casa com soluções disponíveis que permite poupar. Foi dado um exemplo de um edifício na Finlândia, equipado com soluções energéticas que permite não só poupar, como armazenar e até monetizar a energia que acumula. O objetivo é “reciclar” a energia, mantendo-a num mercado económico circular para minimizar até 90% do desperdício energético.
A Schneider Electric diz que independentemente do tamanho da empresa, a digitalização e ter acesso aos seus dados, saber o que está a acontecer no decorrer de todas as etapas do negócio é prioritário. Depois tem que fazer uma estratégia da utilização desses dados para otimizar todas as suas operações.
O projeto Zero Carbon ajuda as empresas a reduzir as suas emissões de carbono. Para tal tem uma fórmula simples, mas que é o futuro do planeta: Digital + Eletrificação é a solução para a sustentabilidade. Jean-Pascal Tricoire diz que é necessário acelerar, que o tempo está a acabar, mas ainda não é tarde. E reforça que são necessários líderes para mudar o mundo. E com isso, compromete-se a ser o parceiro digital de sustentabilidade das empresas que necessitem de se transformar, para mudar o mundo…
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