A semana tem sido animada pela apresentação de resultados trimestrais das Big Tech. Alphabet, Meta e Microsoft foram as primeiras a apresentar contas, que têm pelo menos dois pontos em comum: superaram as expectativas dos analistas e refletem os resultados da forte aposta das empresas na IA generativa.

A empresa-mãe do Google, a Alphabet, conseguiu receitas de 88,3 mil milhões de dólares, mais 15% que há um ano no mesmo período, e lucros de 26,3 mil milhões, a crescer 35% também face ao mesmo período de comparação.

O desempenho da unidade de cloud destacou-se, gerando já receitas de 11,4 mil milhões, mais 35% do que há um ano. Na publicidade, o Google voltou a mostrar o seu peso com receitas de 65,8 mil milhões.

Os números superaram as previsões do mercado, o que contribuiu para fazer subir o valor das ações da Alphabet, logo após a divulgação na passada terça-feira. Sundar Pichai, CEO da companhia, disse que a aposta da companhia na IA está a compensar e que o interesse do mercado no seu portfólio de soluções nessa área continua a aumentar e a dar mote para novos contratos de peso.

Meta também supera expectativas...nos ganhos e na despesa

A Meta também já revelou as contas do trimestre terminado em setembro. Alcançou lucros de 17,3 mil milhões de dólares no período, mais 26% do que há um ano. As receitas da dona do Facebook e do Instagram, por seu lado, fixaram-se nos 40,5 mil milhões de dólares, num crescimento de 19%.

Também no caso da Meta, os resultados bateram as expectativas e são justificados pelo impacto dos avanços na área da inteligência artificial no negócio do grupo. E também aqui o peso da publicidade online continua a ser uma das grandes âncoras do negócio. Neste trimestre valeu 39,8 mil milhões de dólares na Meta, a crescer 18,7%.

Com impacto menos positivo no negócio da Meta está outra das grandes apostas de Mark Zuckerberg, a realidade virtual. A unidade Reality Labs teve perdas no trimestre de 4,4 mil milhões de dólares, ainda que as receitas tenham aumentado: 29% para 270 mil milhões de dólares - um valor que ficou muito abaixo das projeções do mercado.

Mal acolhida foi também a informação de que a tecnológica vai continuar a gastar bastante para reforçar infraestruturas. As despesas de capital devem variar entre 38 e 40 mil milhões de dólares este ano e em 2025 vão continuar a crescer.

Cloud acelera trimestre da Microsoft

A Microsoft encerrou o mesmo trimestre com lucros de 24,7 mil milhões de dólares, a crescer 11%, e receitas de 65,6 mil milhões de dólares, a crescer 16%, mais uma vez acima das expectativas dos analistas.

O negócio de cloud foi o principal motor de crescimento, com as receitas a crescerem 34%. Outros destaques do trimestre vão para as receitas da unidade de Produtividade e Processos de Negócios que foram de 28,3 mil milhões de dólares, mais 12%. Dentro dessa unidade, a Microsoft sublinha que a receita de produtos e serviços em nuvem do Microsoft 365 Commercial aumentou 13%. As vendas da suite no consumo cresceram 5%.
A Apple revela as contas do trimestre esta quinta-feira ao final do dia.