Desde 15 de setembro que os fornecedores globais da Huawei que usam tecnologia norte-americana no desenvolvimento ou produção dos seus produtos têm de pedir uma autorização ao governo dos Estados Unidos para venderem componentes à empresa chinesa. Agora, a Qualcomm deu a conhecer que recebeu uma autorização para vender os seus componentes à Huawei depois de a ter pedido em agosto.
Em declarações à Reuters, uma porta-voz da Qualcomm indicou que a autorização inclui a venda de componentes com suporte a redes 4G. Embora não tivesse especificado quais são, a porta-voz deu apenas a conhecer que se relacionam com equipamentos móveis, o que leva a crer que a fabricante norte-americana fornecerá processadores para os smartphones da Huawei.
Porém, a decisão poderá ter um impacto limitado para a Huawei e, para já, ainda não é claro se a Qualcomm será também autorizada a fornecer chips com suporte a redes 5G. Recorde-se que, mesmo depois de armazenar um stock extra de componentes, como chips, a fabricante chinesa pode correr o risco de ficar sem capacidade de fabricar smartphones.
Para contornar as restrições impostas pelo governo norte-americano e manter a continuidade de alguns dos seus negócios a Huawei está a planear a construção da sua própria fábrica de chips.
A fábrica, que terá a Shanghai IC R&D Center como responsável, vai começar por produzir chips de 45 nm e só no final de 2021 é que passará para os de 28 nm, que poderão ser usados em Smart TVs e equipamentos IoT. A Huawei planeia começar a produzir chips de 20 nm no final de 2022, que poderão ser utilizados na sua infraestrutura de redes 5G.
Recentemente, as restrições impostas por Washington traduziram-se na venda da Honor, a submarca da Huawei, a investidores locais. No consórcio estarão representadas a distribuidora Digital China, assim como o governo de Shenzhen, cidade berço da Huawei. A transação vai visar a marca, toda a área de investigação, desenvolvimento e gestão da cadeia logística.
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