Nomeado em Conselho de Ministros, Manuel Dias foi escolhido para desempenhar a função de Diretor de Sistemas e Tecnologia, ou CTO (Chief Technology Officer) do Estado, assumindo também a presidência da nova Agência para a Reforma Tecnológica do Estado (ARTE), que substitui a anterior Agência para a Modernização Administrativa (AMA).
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Formalmente apresentado esta quarta-feira, numa cerimónia na sede da ARTE em Lisboa, o primeiro CTO de Portugal afirmou que a “ambição é muito clara", passando pela redefinição da forma como os cidadãos e empresas interagem com o Estado, tornando-a mais ágil e inteligente, avança a Agência Lusa.
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Em linha com as ambições do Governo para a modernização, Manuel Dias realçou que partilha o objetivo de colocar Portugal entre os 10 países mais avançados no que respeita aos serviços públicos digitais, à semelhança da Estónia ou da Dinamarca.
Segundo o Ministério da Reforma do Estado, a criação do cargo de CTO do Estado e da ARTE “marca o início de uma nova era na Administração Pública, com uma estratégia tecnológica única, mais meios e maior capacidade de ação”.
Assegurar a interoperabilidade e o princípio “Só uma vez” é uma das prioridades. Citado pelo Observador, Gonçalo Matias, Ministro da Reforma do Estado, afirmou durante a apresentação que o novo CTO do Estado terá como prioridade quebrar “os silos” da Administração Pública, garantindo a interoperabilidade e o diálogo entre as diferentes áreas.
Além da definição de padrões técnicos comuns em toda a Administração Pública, a coordenação dos investimentos tecnológicos e a adoção da IA e tecnologias emergentes afirmam-se como outra das prioridades. Nesse sentido, Gonçalo Matias realçou que o CTO do Estado terá de garantir que as mais recentes tecnologias serão usadas para libertar recursos, seja para os cidadãos, empresas e até ao próprio Estado.
Uma das primeiras missões passa pela reestruturação das lojas do cidadão. Recorde-se que, ainda este mês, foi aprovada em Conselho de Ministros a criação de uma "loja do cidadão digital", concebida para dar resposta aos cidadãos no acesso aos serviços.
Como explicou o Ministro da Reforma do Estado, a criação da loja do cidadão virtual vai permitir tratar da "generalidade dos assuntos" a partir de um dispositivo digital, sem limites de horários e sem deslocação às lojas físicas.
A loja será criada quando o respetivo decreto-lei for publicado e começa com 100 serviços digitais, alargando gradualmente o número de serviços até chegar aos 100%, uma meta que o Governo tenciona alcançar em 2030.
Durante os primeiros dias enquanto CTO do Estado, Manuel Dias vai focar-se nos problemas mais “urgentes”, olhando para as questões que podem ser resolvidas mais rapidamente, tendo reconhecido que as mudanças estruturais vão exigir mais tempo e “não se resolvem num dia ou dois”.
“Colocar a tecnologia ao serviço das pessoas e das empresas”
Numa publicação no LinkedIn, Manuel Dias afirma que inicia o desafio de ser CTO do Estado com um “profundo sentido de missão e uma enorme motivação” para “colocar a tecnologia ao serviço das pessoas e das empresas, por um Portugal mais competitivo e mais preparado para o futuro”.
Nas palavras do novo Diretor de Sistemas e Tecnologia da Administração Pública, a Inteligência Artificial está a “mudar a forma como vivemos e trabalhamos”. No entanto, “o verdadeiro desafio não é tecnológico - é cultural”, defende.
“O que está em causa é mais do que modernizar sistemas: é redefinir a forma como o Estado se relaciona com os cidadãos e empresas”, realça Manuel Dias.
Recorde-se que Manuel Dias estava na Microsoft Portugal desde 2011, tendo passado por vários cargos. Licenciado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores pelo Instituto Superior Técnico, e mestre em Sistemas de Informação pelo ISEG, o novo CTO do Estado iniciou a sua carreira na EFACEC, passando mais tarde pela Outsystems. Manuel Dias é também professor na NOVA IMS e no IST, e ainda cofundador e vice-presidente da DSPA e da Power BI Portugal.
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