Portugal conseguiu passar do 42º lugar para o 34º, com 70,2 pontos em 100, na tabela mundial de competitividade composta por 140 nações, segundo o Fórum Económico Mundial. Esta melhoria é o resultado da mudança de 60% dos indicadores tidos em conta para comparar os países quanto à capacidade de promover e atrair investimento.
A metodologia seguida pelo Fórum Económico Mundial (FEM) desde 2006, que considerava positivamente os países em vias de desenvolvimento, sofreu uma “alteração profunda” e “agora em 2018 foi retirada, tendo sido antes considerada a Economia 4.0”.
No entanto, se a nova metodologia tivesse sido aplicada nos resultados do ano passado, Portugal teria sido classificado como a 33ª economia mais competitiva mundialmente, o que se iria traduzir na queda de uma posição em 2018. Outro aspecto menos positivo do ranking deste ano é o facto de Portugal estar entre os países menos competitivos da zona Euro, apenas à frente da Grécia, Chipre e Malta.
Segundo o relatório, o capital humano é o principal indicador que impulsiona a competitividade da economia portuguesa, com o subindicador saúde a obter 95,3 pontos e a colocar Portugal no 22º lugar mundial. A estabilidade macroeconómica e a qualidade da infra-estrutura também tiveram as pontuações mais altas, com 85 e 83,3 pontos, respetivamente.
Embora tenha subido no ranking em relação ao ano anterior, a capacidade de inovação recebe a pontuação mais baixa (53,1 pontos). Aqui, Portugal piora em termos de diversidade da força de trabalho, nas invenções em cooperação com outros países e no investimento. Contudo, no dinamismo empresarial Portugal consegue classificar-se em uma 27ª (69,7 pontos) posição, pelo que alcança a31ª posição global no ecossistema da inovação.
Entre alguns dos piores indicadores que colocam Portugal acima da 100ª posição entre os 140 países estão a falta de flexibilidade das leis que regulam o recrutamento e o despedimento (121º), os impostos laborais (117º), a eficiência das disputas legais e a mobilidade laboral (ambas em 116º).
No relatório do Fórum Económico Mundial de 2018, são os EUA que ganham o prémio de economia mais competitiva, com 85,6 pontos, seguidos por Singapura (83,5) e a Alemanha a completar o pódio, com 82,8 pontos. A média mundial atinge os 60,4 pontos, sendo que 103 das 140 economias recolhem menos de 50 pontos no índice geral.
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