A Comissão Europeia publicou esta sexta-feira o European Innovation Scoreboard relativo a 2018. O documento, alusivo ao exercício comparativo que avalia a prestação dos Estados-membro no sector da inovação, mostra que a UE continua a mostrar melhorias no sector, mas deixa também patente que têm de ser feitos "esforços adicionais para assegurar a competitividade da Europa a nível mundial.

Para Elżbieta Bieńkowska, Comissária responsável pelo Mercado Interno, Indústria, Empreendedorismo e PME, "o Painel de Avaliação de 2018 mostra, mais uma vez, que a Europa é rica em talentos e espírito empreendedor, mas temos de fazer melhor para que esta excelência se traduza num sucesso. A UE, os Estados-membro, as regiões e a indústria, incluindo muitas PME, têm de trabalhar em conjunto para assegurar uma maior eficiência na afetação de recursos da nossa economia, melhorar o funcionamento do mercado interno e ajudar a manter a Europa na vanguarda da inovação a nível internacional".

A análise mostra que há uma tendência positiva na maioria dos países da UE, com Malta, Holanda e Espanha a registar desenvolvimentos substanciais no sector. Os países que lideram o índice são a Suécia, a Dinamarca e a Finlândia.

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Portugal continua abaixo da média comunitária. Do ranking organizado com os 28 países que fazem parte da União, Portugal surge em 14º lugar, no grupo dos "inovadores moderados", mas acima de países como Espanha, Malta ou Itália, e logo abaixo da República Checa.

Em comunicado, a Comissão explica que estes resultados aproximam a UE dos seus principais concorrentes, "como o Canadá, o Japão e os EUA", mas sublinha que para manter o "fosso de inovação" que divide o continente da China, será necessário um esforço concertado para aprofundar o potencial inovador da Europa".

Apesar de tudo, o desempenho da UE em matéria de inovação aumentou cerca de 5,8% desde 2010, sendo que 18 países registaram melhorias na sua performance - 10 acabaram por se retrair. Lituânia, Malta, Holanda e Reino Unido tiveram o aumento mais acentuado, contrastando com Roménia e Chipre, que sofreram com a maior queda. Nos próximos dois anos, estima-se que o desempenho da UE em inovação, melhore 6%.