São 79,9% os profissionais da área das Tecnologias de Informação que afirmam já ter passado por uma situação de burnout, de acordo com um estudo promovido pela plataforma Teamlyzer, junto da sua comunidade.
O elevado volume de trabalho e a falta de sono e de tempo livre são apontados como as causas mais relevantes para se chegar ao estado de esgotamento. A falta de clareza nas funções e objetivos profissionais a atingir é igualmente apontada como um fator de bastante importância.
A análise dos resultados também permitiu perceber que o burnout profissional é um problema transversal às organizações, independentemente do sector e da sua dimensão. Consultoria e outsourcing (38,1%), software house e internet (24,6%) e tecnologia de informação (11,2%) destacam-se como os sectores onde mais respondentes que tiveram a doença trabalham.
Outras áreas de atividade são Banca e Serviços Financeiros (8,2%); Indústria e Serviços (6,7%); Telecomunicações e Eletrotécnica (5,2%); Ciência e Investigação (3%); Publicidade, Multimédia e Videojogos (2,2%); e Hardware & Produtos Eletrónicos (0,7%).
Embora a percentagem de profissionais da área das TI com burnout seja elevada, muitas das empresas tecnológicas desconhecem o facto. De acordo com os resultados do inquérito, 57% das empresas não chegou a saber que algum dos seus funcionários passou pela situação de burnout. Mesmo tendo tomado conhecimento, a maioria dos inquiridos (71,7%) refere que a sua empresa não ofereceu qualquer tipo de apoio.
Entre as empresas que apoiaram à superação da doença, os dias de férias, ajuda médica e a tentativa de tornar a carga de trabalho mais leve para o profissional foram as iniciativas mais comuns dadas (28,3%).
Promover o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional foi a resposta mais comum para o que as empresas podem fazer para ajudar a ultrapassar a doença, aponta a Teamlyzer na nota enviada às redações.
Opções também consideradas relevantes ou muito relevantes, mas sem resultados tão expressivos, foram “encorajar hábitos de vida saudáveis” e “melhorar a comunicação interna”. Uma boa chefia com forte empatia e inteligência emocional, que seja capaz de gerir conflitos em oposição a criá-los, bem como melhorar a comunicação interna foram outras sugestões apontadas.
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