A casa-mãe do Facebook, a Meta, vai encerrar o piloto que teve em marcha nos últimos meses com a carteira digital Novi. O programa piloto estava a decorrer nos Estados Unidos e na Guatemala e já não sairá desse perímetro geográfico.
A partir de 21 de julho deixa de ser possível carregar a wallet com mais dinheiro. Até dia 1 de setembro, os utilizadores devem retirar da Novi todos os fundos que lá tenham guardados, como explica uma nota publicada no site. Aí também se refere que a Meta tentará passar para as contas e cartões associados ao perfil Novi, os fundos que não forem transferidos pelos próprios até essa data.
A Novi é uma evolução da Calibra, digital wallet pensada no âmbito do projeto do grupo para criar uma moeda digital. A Libra também não chegou a avançar, mesmo depois de várias reformulações ao conceito original, para contornar o escrutínio dos reguladores. Mudou o conceito e até mudou o nome do projeto, que juntava mais algumas empresas, para Diem, mas ainda assim não foi possível chegar a uma fórmula que se revelasse viável e a iniciativa ficou pelo caminho. Em fevereiro deste ano, a associação que coordenava os desenvolvimentos da Diem vendeu todos os ativos.
Como a moeda digital suportada pela Meta não chegou a ver a luz do dia, a Novi funcionava a partir de uma parceria com a Coinbase, para usar a stablecoin Paxos, mas a ideia da Meta se posicionar como entidade para gerir ativos digitais continuou a não gerar entusiasmo. Logo após o anúncio da Novi, em outubro do ano passado, um grupo de senadores dos Estados Unidos escreveu a Mark Zuckerberg para lembrar que, à luz da regulação em vigor, a empresa não tem competências para gerir uma infraestrutura de pagamentos.
A experiência acumulada nesta área não será desperdiçada, garantiu já ao The Verge a porta-voz da Meta Lauren Dickson, explicando que a tecnologia vai ser usada em novos produtos para o Metaverso, em áreas como os “colecionáveis digitais”.
Mark Zuckerberg também tinha publicado recentemente um texto, a propósito do rebranding do Facebook Pay para Meta Pay, onde aproveitou para explicar a visão da empresa para o futuro do serviço, voltando a abordar a ideia de wallet digital. Antecipava neste texto que o Meta Pay pode vir a ser usado como uma carteira digital para gerir identidade, itens e métodos de pagamento no Metaverso. O fundador do grupo vê o serviço como um futuro meio para gerir e guardar vídeos, música, experiências, roupa digital ou peças de arte, fazendo do Meta Pay uma solução interoperável entre diferentes experiências no Metaverso.
A empresa tem explorado diferentes caminhos nesta área. Recentemente passou a garantir suporte para NFTs no Facebook, uma opção que ainda está apenas disponível para um grupo limitado de criadores nos Estados Unidos. Há indicação de que fará o mesmo no Instagram e que estará também a trabalhar numa moeda digital para transações nas suas plataformas, mas desta vez sem suporte numa blockchain.
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