A Meta saiu vencedora de um processo judicial nos Estados Unidos, onde era acusada de ter criado um monopólio nas redes sociais, depois de comprar o WhatsApp e o Instagram. As aquisições foram feitas há mais de uma década (entre 2012 e 2014) e questionadas pela Federal Trade Commission em 2020, quando o regulador americano das atividades económicas decidiu levar o caso à justiça.

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A decisão foi conhecida no início da semana e o desfecho foi positivo para a Meta, também dona do Facebook. O juiz não considerou  fundamentados os argumentos da FTC e decidiu que, se já houve algum momento no tempo em que a Meta conseguiu assegurar uma posição monopolista com a adição das duas redes sociais compradas, esse momento não é o atual.

O juiz acolheu os argumentos da gigante da tecnologia fundada por Mark Zuckerberg, considerando que os números mostram que há concorrência no mercado das redes sociais e que as quotas das plataformas da Meta até parecem estar a diminuir.

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Outro argumento que a Meta usou no julgamento, também acolhido, foi o facto de nenhuma das duas redes sociais compradas terem a dimensão que vieram a ganhar, à data da aquisição. Foram os investimentos da tecnológica pós-compra que viabilizaram esse crescimento e sucesso.

Com esta decisão, a Meta livra-se do cenário mais radical, caso a justiça concordasse com os argumentos da FCT, que seria a obrigação de vender uma ou as duas redes sociais. O Instagram custou à Meta 1000 milhões de dólares. Pelo WhatsApp pagou 19 mil milhões.

A FTC ainda não decidiu se pretende recorrer da decisão. Para já, diz-se “profundamente desapontada”, como assumiu numa declaração enviada à BBC. À mesma publicação, a Meta sublinhou que os seus produtos “são benéficos para as pessoas e para as empresas e refletem a inovação e o crescimento económico americanos” e frisou o interesse do grupo em continuar a trabalhar com a atual Administração para esses fins.

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